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terça-feira, 27 de março de 2007

Questões de Vestibular: Pré-socráticos Heráclito e Parmênides

1) (UFU-1ª Fase Janeiro de 1999)Parmênides de Eléia, filósofo pré-socrático, sustentava que

I- o ser é.

II- o não-ser não é.

III- o ser e o não-ser existem ao mesmo tempo.

IV- o ser é pensável e o não-ser é impensável.

Assinale

A) se apenas I, III e IV estiverem corretas.

B) se apenas I, II e III estiverem corretas.

C) se apenas II, III e IV estiverem corretas.

D) se apenas I, II e IV estiverem corretas.

E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

2) (UFU- 1ª Fase Janeiro de 1999)Heráclito de Éfeso, filósofo pré-socrático, compreendia que

I- o ser é vir-a-ser.

II- o vir-a-ser é a luta entre os contrários.

III- a luta entre os contrários é o princípio de todas as coisas.

IV- da luta entre os contrários origina-se o não-ser.

Assinale

A) se apenas I, II e III estiverem corretas.

B) se apenas I, III e IV estiverem corretas.

C) se apenas II, III e IV estiverem corretas.

D) se apenas I, II e IV estiverem corretas.

E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

3) (UFU_Setembro de 2002)

“Só resta o mito de uma via, a do ser; e sobre esta existem indícios de que sendo não gerado é também imperecível, pois é todo inteiro, inabalável e sem fim; nem jamais era nem será, pois é agora todo junto, uno, contínuo (…)” Sobre a Natureza, 8, 2-5

A partir deste trecho do poema de Parmênides, é possível afirmar que

A) a continuidade, a geração e o imobilismo estão presentes na via do ser.

B) o ser, por não poder não ser, não é gerado nem deixa de ser, não tendo princípio nem fim.

C) a via do ser é aquela percebida pelos nossos sentidos.

D) o ser, para o autor, de certo modo não é, pois nunca foi no passado nem será no futuro.

4) (UFU-Julho de 2003 1ª Fase ) “Só é possível pensar e dizer que o ente é, pois o ser é, mas o nada não é; sobre isso, eu te peço, reflita, pois esta via de inquérito é a primeira de que te afasto; depois afasta-te daquela outra, aquela em que erram os mortais desprovidos de saber e com dupla cabeça, pois, no peito, a hesitação dirige um pensamento errante: eles se deixam levar surdos e cegos, perplexos, multidão inepta, para quem ser e não ser é considerado o mesmo e não o mesmo, para quem todo o caminho volta sobre si mesmo”.

Parmênides, Sobre a Natureza, 6, 1-9.

Sobre este trecho do poema de Parmênides, é correto afirmar que

I - só se pode pensar e dizer que o ser é.

II - para os mortais o ser é considerado diferente do não ser.

III - é possível dizer o não ser, embora não se possa pensá-lo.

IV - duas vias de inquérito devem ser afastadas: a do não ser e a dos mortais.

Assinale a alternativa que contém todas as afirmações corretas.

A) II e III

B) II e IV

C) I e III

D) I e IV

5) (UFU-2000 2ª fase)"Para os que entram nos mesmos rios, correm outras e novas águas. (...) Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio".

(Heráclito. Pré-socráticos, Col. Os Pensadores, Abril Cultural, 1978)

"Necessário é dizer e pensar que só o ser é, e o nada, ao contrário, nada é: afirmação que bem deves considerar".

(Parmênides. Pré-socráticos. Col. Os Pensadores, Abril Cultural, 1978)

A partir dos fragmentos acima, estabeleça as principais diferenças entre as concepções do ser de Heráclito e de Parmênides.


6) (UFU 2ª Fase Março de 2002) “Ao Logos, razão e palavra do que sempre é, os homens são incapazes de compreendê-lo, tanto antes de ouvi-lo quanto depois de tê-lo ouvido pela primeira vez, porque todas as coisas nascem e morrem segundo este Logos. Os homens são inexperientes, mesmo quando eles experimentam palavras ou atos tais quais eu corretamente os explico segundo a natureza, separando cada coisa e explicando como cada uma se comporta. Enquanto isso os outros homens esquecem tudo o que eles fazem despertos assim como eles esquecem, dormindo, tudo o que eles vêem.”

Adaptado de HERÁCLITO. Pré-Socráticos. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural , 1978. p. 79.

A partir do aforisma de Heráclito, responda às questões propostas:

A) Heráclito pode corretamente ser caracterizado como um filósofo empirista, cuja fonte de conhecimento se encontra nas sensações?

B) Qual é o fundamento permanente de todo conhecimento e quem, segundo o texto, corretamente o conhece e o enuncia?

Justifique as duas respostas com trechos do texto acima de Heráclito.


7) (UFU-Janeiro de 2004)

.Do arco o nome é vida e a obra é morte..

(HERÁCLITO. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 56. Coleção .Os Pensadores..)

Este fragmento ilustra bem o pensamento de Heráclito, que acreditou ser o mundo o eterno fluir, comparado a um rio no qual .entramos e não entramos.. Assinale a alternativa que explica o fragmento mencionado acima.


A) Todas as coisas estão em oposição umas com as outras, o que explica o caráter mutável da realidade. A unidade do mundo, sua razão universal resulta da tensão entre as coisas, daí o emprego freqüente, por parte de Heráclito, da palavra guerra para indicar o conflito como fundamento do eterno fluxo.

B) A harmonia que anima o mundo é aberta aos sentidos, sendo possível ser conhecida na multiplicidade daquilo que é manifesto, uma vez que a realidade nada mais é que o eterno fluxo da multiplicidade do Logos heraclitídeo.

C) A unidade dos contrários, a vida e a morte, é imóvel, podendo ser melhor representada para o entendimento humano por intermédio da imagem do fogo, que permanece sempre o mesmo, imutável e continuamente inerte, e não se oculta aos olhos humanos.

D) O arco, instrumento de guerra, indica que a idéia de eterno fluxo, das transformações que compõem o fluxo universal, é o fundamento da teoria do caos, pois o fogo se expande sem medida, tornado a realidade sem nenhuma harmonia ou ordem.


8) (UFU-Dezembro de 2004) Os fragmentos abaixo representam três temas fundamentais que configuram o pensamento de Heráclito de Éfeso.

“O deus é dia noite, inverno verão, guerra paz, saciedade fome; mas se alterna como fogo, quando se mistura a incensos, e se domina segundo o gosto de cada.” Fr. 67.

“Por fogo se trocam todas (as coisas ) e fogo por todas, tal como por ouro mercadorias e por mercadorias ouro”. Frag. 90


A partir das citações acima:

A)Explicite quais são seus temas

B) Comente cada um deles de modo a caracterizar a filosofia de Heráclito

9) (UFU-Janeiro de 2004)

Parmênides (c. 515-440 a.C.) deixou seus pensamentos registrados no poema Sobre a natureza, do qual restaram apenas fragmentos cultivados pelos filósofos do mundo antigo, uma das passagens célebres preservadas é a seguinte:

“Necessário é o dizer e pensar que (o) ente é; pois é ser,
e nada não é; isto eu te mando considerar.
Pois primeiro desta via de inquérito eu te afasto,
mas depois daquela outra, em que mortais que nada sabem
erram, duplas cabeças, pois o imediato em seus
peitos dirige errante pensamento; (...).”

PARMÊNIDES. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza.São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 88. Coleção .Os Pensadores..

Analise as assertivas abaixo.

I . A opinião humana busca o que é (ser) naquilo que não é (ser).

II . O mundo dos sentidos é (ser), portanto, o único digno de ser conhecido.

III . Não se pode dizer .não-ser é., porque .não-ser. é impensável.

IV . Dizer .não-ser é não não-ser., é o mesmo que afirmar .não-ser não é..

Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas.

A) I e III

B) II e III

C) II e IV

D) I e IV

10) (UFU Julho de 2004) O fragmento a seguir é atribuído a Heráclito de Éfeso:

“O mesmo é em (nós?) vivo e morto, desperto e dormindo, novo e velho; pois estes, tombados além, são aqueles e aqueles de novo, tombados além, são estes” HERÁCLITO. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 93. Coleção .Os Pensadores..

A partir do fragmento citado, escolha a alternativa que representa melhor o pensamento de Heráclito.

A) Não existe a noção de “oposto” no pensamento de Heráclito, pois todas as coisas constituem um único processo de mudança que expressa a concórdia e a harmonia do “fluxo” contínuo da natureza.

B) a equivalência de estados contrários com o mesmo exprime a alternância harmônica de pólos opostos, pela qual um estado é transposto no outro, numa sucessão mútua, como o dia e a noite. Todas as coisas são “Um”, toda a multiplicidade de opostos constitui uma unidade, e todos os seres estão em um fluxo eterno de sucessão de opostos em guerra.

C) Se o morto é vivo, o velho é novo, e o dormente é desperto, então não existe o múltiplo, mas apenas o “Um”, como verdade profunda do mundo. A unidade primordial é a própria realidade da physis, e a multiplicidade, apenas aparência.

D) a alternância entre pólos opostos constitui um fluxo eterno, regido pela “guerra” e pela discórdia, que ocorre sem qualquer medida ou proporção. A guerra entre contrários evidencia que a physis é caótica é denota o fato de que o pensamento de Heráclito é irracionalista.

11)(UFU-Julho de 2004) A relação entre mito e logos pode ser ilustrada a partir do seguinte fragmento do poema Sobre a Natureza de Parmênides:

“e a deusa me acolheu benévola

Mão direita tomou e assim dizia e me interpelava:
Ó jovem, companheiro de aurigas imortais
Tú que assim conduzido chega à nossa morada,
Salve! Pois não foi mal destino que te mandou perlustrar
Essa via (pois ela está fora da senda dos homens)...”

Após ler o fragmento, escolha a alternativa que melhor representa a arelação mito-logos nas origens da filosofia:

A) a verdade filosófica aparece no poema de Parmênides como revelação divina e experiência mística, que são incompatíveis com o pensamento filosófico racional. A deusa do poema mostra que o conhecimento supremo esta fora do alcance da razão humana.

B) A verdade filosófica no poema de Parmênides, é apresentada por meio de representações míticas que o filósofo retira de uma tradição religiosa. Essas imagens se traspõem, sem deixar de ser místicas, em uma filosofia do ser que busca o objeto inteligível do logos, ou seja, do pensamento racional e do Uno.

C) A verdade filosófica, por ser revelação da deusa, é obtida apenas por experiência religiosa. As representações míticas do poema de Parmênides indicam que a filosofia grega do séc. V a.C. é irracional, pois não usa de categorias lógicas do rigor argumentativo.

D) A filosofia representa o pensamento estritamente racional, que busca uma explicação do mundo somente por meios materiais. Por essa razão, o poema de parmênides ainda não representa o pensamento filosófico do século V a.C., caracterizado por uma ruptura com todas as imagens míticas da tradição cultural grega.

12) ( UFU-2003 2ª Fase Fevereiro)“Vou explicar-me, e não será argumento sem valor, a saber: que nenhuma coisa é una em si mesma e que não há o que possas denominar com acerto ou dizer como é constituída. Se a qualificares como grande, ela parecerá também pequena; se pesada, leve, e assim em tudo o mais, de forma que nada é uno, ou algo determinado ou como quer que seja. Da translação das coisas, do movimento e da mistura de umas com as outras é que se forma tudo o que dizemos existir, sem usarmos a expressão correta, pois em rigor nada é ou existe, tudo devém. Sobre isso, com exceção de Parmênides, todos os sábios (…) estão de acordo: Protágoras, Heráclito e Empédocles (…)”. Platão. Teeteto. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2001, p. 50.

Tendo em vista o trecho de Platão citado acima, explique, a partir da distinção entre o uno de Parmênides e o devir de Heráclito, por que no mobilismo nada é e por que para Parmênides apenas o Ser é.

17 comentários:

Heringer disse...

seria bom se vcs mostracem as respostas.

Anônimo disse...

concordo ... seria bom mesmo

Anônimo disse...

resposta da questão 8?

Luís Otávio Toledo Perin disse...

Boa Tarde

Adorei o blog, ate vou colocar como meu favorito. Mas gostaria de saber a resposta da numero 3. Meu e-mail: luisotaviooperin@gmail.com

3) (UFU_Setembro de 2002)

“Só resta o mito de uma via, a do ser; e sobre esta existem indícios de que sendo não gerado é também imperecível, pois é todo inteiro, inabalável e sem fim; nem jamais era nem será, pois é agora todo junto, uno, contínuo (…)” Sobre a Natureza, 8, 2-5

A partir deste trecho do poema de Parmênides, é possível afirmar que

A) a continuidade, a geração e o imobilismo estão presentes na via do ser.

B) o ser, por não poder não ser, não é gerado nem deixa de ser, não tendo princípio nem fim.

C) a via do ser é aquela percebida pelos nossos sentidos.

D) o ser, para o autor, de certo modo não é, pois nunca foi no passado nem será no futuro.

Luís Otávio Toledo Perin disse...

Boa Tarde

Alguem poderia me ajudar nessa questão: por favor precisso urgente dela e da outra questão ali de cima.
luisotavioperin@gmail.com

( UFU-2003 2ª Fase Fevereiro)

“Vou explicar-me, e não será argumento sem valor, a saber: que nenhuma coisa é una em si mesma e que não há o que possas denominar com acerto ou dizer como é constituída. Se a qualificares como grande, ela parecerá também pequena; se pesada, leve, e assim em tudo o mais, de forma que nada é uno, ou algo determinado ou como quer que seja. Da translação das coisas, do movimento e da mistura de umas com as outras é que se forma tudo o que dizemos existir, sem usarmos a expressão correta, pois em rigor nada é ou existe, tudo devém. Sobre isso, com exceção de Parmênides, todos os sábios (…) estão de acordo: Protágoras, Heráclito e Empédocles (…)”. Platão. Teeteto. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2001, p. 50.

Tendo em vista o trecho de Platão citado acima, explique, a partir da distinção entre o uno de Parmênides e o devir de Heráclito, por que no mobilismo nada é e por que para Parmênides apenas o Ser é.

Anônimo disse...

OLÁ,BOA TARDE!
GOSTEI MUITO DESSE BLOG E,RESPONDI TODAS AS QUESTOES,GOSTARIA QUE ENVIASSE POR MEU E-MAIL,TODAS AS RESPOSTAS PARA QUE EU PUDESSE VER COMO ANDA O MEU DESEMPENHO,DE JÁ AGRADEÇO!!
joselia_19@hotmail.com

Guiga disse...

Só uma observação, na alternativa 1 da questão 2 seria mais correto sustituir o termos "ser" por "tudo" por exemplo. Digo isso porque o filósofo Heráclito jamais tratou do Ser como fizeram todos os outros pré-socráticos.

Gabriel Vitor* disse...

se possivel queria que enviasse as resposta para o meu e-mail. vitor-philosofia@live.com

Gabriel Vitor* disse...

queria que enviasse as resposta para mim vitor-philosofia@live.com

Anônimo disse...

Gostaria que me enviasse a resposta da 12.

Anônimo disse...

Pode me mandar o gabarito por favor? fernanda_nanda.m.s@hotmail.com, muito obrigada!

Anônimo disse...

Pode me mandar o gabarito por favor? yah_r@hotmail.com,obrigada!

Larissa Soares disse...

Queria que me enviassem a reposta da 5.
la.la_linda@hotmail.com

Anônimo disse...

Por favor,

Ótimas questões, mas se puder envie o gabarito.

marcellamorais11@hotmail.com

Rafael07 disse...

Seu blog é fantástico, isso é inegável dizer, mas se o senhor pudesse postar os gabritos, ajudaria muitíssimo, ou então, se poder me enviar: rafael-holanda@live.com

Anônimo disse...

queria muito que me mandasse o gabarito, poderia fazer isso ?
email -> luizabrunacoutinho@yahoo.com.br

Anônimo disse...


( UFU-2003 2ª Fase Fevereiro)

“Vou explicar-me, e não será argumento sem valor, a saber: que nenhuma coisa é una em si mesma e que não há o que possas denominar com acerto ou dizer como é constituída. Se a qualificares como grande, ela parecerá também pequena; se pesada, leve, e assim em tudo o mais, de forma que nada é uno, ou algo determinado ou como quer que seja. Da translação das coisas, do movimento e da mistura de umas com as outras é que se forma tudo o que dizemos existir, sem usarmos a expressão correta, pois em rigor nada é ou existe, tudo devém. Sobre isso, com exceção de Parmênides, todos os sábios (…) estão de acordo: Protágoras, Heráclito e Empédocles (…)”. Platão. Teeteto. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2001, p. 50.

Tendo em vista o trecho de Platão citado acima, explique, a partir da distinção entre o uno de Parmênides e o devir de Heráclito, por que no mobilismo nada é e por que para Parmênides apenas o Ser é. alguem me ajuda porfavor