Pesquisa personalizada

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Estado SP - Cesgranrio - 2005


Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Estado SP - Cesgranrio - 2005  
FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO PROFESSOR - FILOSOFIA

31
Alguns dos fatores socioeconômicos e culturais que favoreceram o nascimento da filosofia são:
(A) a decadência econômica das colônias gregas da Magna Grécia, após as invasões dóricas e a laicização da cultura, que se vai tornando mais cosmopolita.
(B) a passagem de uma economia nômade para uma economia agrícola e a existência dos escravos, liberando os gregos para a vida contemplativa.
(C) a expansão do Império alexandrino até a Ásia menor, favorecendo o contato dos gregos com culturas de desenvolvido pensamento abstrato.
(D) o nascimento das cidades-estados e o concomitante desaparecimento dos mestres da verdade (o poeta, o adivinho e o mago).
(E) o fim da guerra do Peloponeso, a descentralização do poder de Atenas e a invenção da escrita, da moeda e do calendário.

32
Entre os partidários da tese de que o surgimento da filosofia é um "milagre grego" próprio do gênio helênico encontram-se:
(A) Diógenes Laércio, Goethe e os classicistas do século XVIII.
(B) Diógenes Laércio, Heródoto e Eudemo.
(C) Fílon de Alexandria, Plutarco e os estóicos.
(D) Heródoto, Aristóteles, Simplício e Hegel.
(E) Platão e alguns renascentistas místicos.

33
Alguns estudiosos como Werner Jaeger atribuem um importante papel aos poetas Homero e Hesíodo na passagem do mito à filosofia porque, na poesia de ambos,
(A) o elemento fantástico torna-se ainda mais monstruoso do que nas narrativas míticas anteriores, contribuindo para estimular o já latente descrédito no mito e a busca de explicações racionais.
(B) os acontecimentos nunca são apresentados numa simples seqüência narrativa, havendo uma preocupação em apresentar um nexo causal entre os motivos das ações e um esforço para apresentar a realidade em seu todo.
(C) os personagens míticos são representados completamente destituídos de poderes fantásticos e sobrenaturais, incitando a dúvida a respeito da veracidade de seus feitos e da inexorabilidade das leis divinas.
(D) a recorrência a certas idéias do orfismo, como a imortalidade e a transmigração das almas, conquista aos poucos a adesão dos gregos que abandonam sua religião oficial e retiram daí as bases para a nascente filosofia.
(E) a noção da justiça como virtude fundamental e condição das outras virtudes desaparece, dando primazia ao desenvolvimento da sabedoria concebida como a prática de ações em conformidade com o Logos.

34
Uma das características das cosmologias gregas é
(A) constituir-se como uma projeção da pólis no universo, empregando um vocabulário jurídico e humano para referir-se ao cosmos.
(B) sustentar o pressuposto de que no início não havia um caos ou a atuação de uma potência divina, mas sim o nada que se transmuta em ser.
(C) buscar as causas primeiras, através de um procedimento que consiste em reconstruir a genealogia dos seres, remontando à unidade divina originária.
(D) criar um vocabulário rigoroso e absolutamente novo, utilizando apenas palavras antes desconhecidas na língua grega.
(E) recorrer freqüentemente à noção de acaso para explicar o devir, que não mais é visto como o desdobramento de atos divinos.

35
A área da filosofia conhecida como Estética teve sua primeira sistematização
(A) na antiguidade clássica, com o Hípias Maior de Platão.
(B) na antiguidade clássica, com a Poética de Aristóteles.
(C) no século XVIII, com a Crítica do Juízo de Kant.
(D) no século XVIII, com a Estética de Baumgarten.
(E) no século XIX, com as Lições de Estética de Hegel.

36
Segundo Victor Brochard, "as duas idéias de obrigação e preceito só teriam razão de ser em uma moral em que o bem se diferencia da felicidade". Uma tal moral, por sua vez, dificilmente seria compatível com a reflexão ética de
(A) Kant.
(B) Hegel.
(C) Aristóteles.
(D) Habermas.
(E) Stuart Mill.

37
Uma diferença fundamental entre a lógica de Aristóteles e a lógica dos estóicos é que a lógica aristotélica
(A) pressupõe o princípio de correspondência, enquanto somente a lógica estóica considera o âmbito da possibilidade.
(B) afirma o princípio de não-contradição como princípio fundamental da lógica, enquanto os estóicos defendem apenas o terceiro-excluído.
(C) tem como axioma o princípio da identidade, enquanto os estóicos negam este princípio, assim como a possibilidade de uma lógica temporal.
(D) defende a noção formal de demonstração, já os estóicos consideram irrelevante a demonstração da validade de um raciocínio.
(E) está baseada fundamentalmente na relação de predicação, enquanto a lógica estóica trabalha com proposições.

38
A primeira sistematização ocidental do saber, elaborada por Aristóteles, propõe uma divisão das ciências em que
(A) a lógica, a metafísica, a física e a matemática são classificadas como ciências teoréticas.
(B) a matemática, a metafísica e a física são classificadas como ciências teoréticas.
(C) a política, a ética, a metafísica e a ontologia são classificadas como ciências teoréticas.
(D) a política e a ética, por serem ciências práticas, são consideradas superiores à metafísica.
(E) a metafísica, a lógica e a ética, por serem ciências teoréticas, são consideradas como superiores às outras ciências.

39
Segundo Nietzsche, o advento da razão produz reflexos significativos na mais alta manifestação cultural grega. Um desses efeitos é que
(A) a comédia ática passa a dar menos relevo aos elementos apolíneos.
(B) a dialética socrática invade a cena trágica, expulsando dela a música.
(C) o diálogo entre os personagens trágicos passa a ter a história como conteúdo.
(D) o papel do coro é ampliado nas tragédias de Sófocles.
(E) os elementos apolíneos da tragédia são transferidos do diálogo para o prólogo.

40
Para um autor como Garcia Morente, a condição de "resto" ou "resíduo" do processo histórico no qual os diversos saberes se desprendem da filosofia pode ser atribuída
(A) ao Círculo de Viena, enquanto movimento que melhor exemplifica a ruptura da filosofia contemporânea com a metafísica.
(B) ao que há de comum em sub-áreas ou disciplinas filosóficas como a ontologia e a gnosiologia ou teoria do conhecimento.
(C) ao sentido que Hegel atribui a todo pensamento sistemático, enquanto ciência e auto-revelação do Espírito Absoluto.
(D) à positivação da sociologia como disciplina específica, em contraste com o papel que lhe atribuiu August Comte.
(E) a concepções da filosofia medieval que se tornaram ultrapassadas com as transformações sociais e políticas da Idade Moderna.

41
Em vários textos e manuais de introdução à filosofia, apresenta-se a tese de que a filosofia e a ciência ocidentais surgem na Grécia com uma explicação da realidade que difere do mito em diversos aspectos, sendo um dos principais a recusa do pensamento filosófico-científico de fazer apelo a forças sobrenaturais. Segundo esses textos e manuais, trata-se de uma tese
(A) adequada para descrever todo o período chamado "présocrático", exceção feita ao pensamento de Heráclito.
(B) constantemente rejeitada como sendo simplista, associada ao "milagre grego" defendido por Burnet.
(C) insustentável após a interpretação nietzscheana, segundo a qual a filosofia está sempre muitos passos à frente da ciência.
(D) importante mas imprecisa, em especial no que se refere à teoria pitagórica da transmigração das almas.
(E) adotada como formulação inicial e padrão para dar conta de uma questão que se admite ser, entretanto, mais complexa.

42
O modo como Hegel pensa a história da filosofia é considerado um marco porque
(A) submete as compilações realizadas por Diógenes Laércio, Simplício e Aristóteles ao confronto crítico com outros documentos historiográficos descobertos no século XIX, corrigindo-as e ampliando-as.
(B) salienta a importância de se desconsiderar o cogito cartesiano como o marco do início da modernidade, pois aquele nada mais seria que um mero desdobramento de idéias já existentes na escolástica.
(C) propõe pela primeira vez uma perspectiva que não é meramente histórica, mas filosófica, compreendendo a história da filosofia como uma questão central para a própria filosofia e não como um mero relato de suas doutrinas.
(D) inaugura a tese da continuidade entre as antigas filosofias orientais e a filosofia grega, apresentando um levantamento das noções orientais que os gregos limitaramse
a transportar para o vocabulário ocidental.
(E) refuta a perspectiva histórica hegemônica de Kant e do romantismo alemão, marcada por uma imagem idealizada da Grécia antiga, contrapondo-lhe a idéia de um dilaceramento antagônico subjacente à aparente harmonia.

43
Entre as inúmeras correntes da filosofia contemporânea, destaca-se, na segunda metade do século XX, na França, a tendência conhecida como pós-modernismo, cuja principal característica é
(A) a crítica a todos os discursos e práticas da identidade, procurando desfazer as identificações, as localizações, as separações estáveis, definitivas, absolutas, bem como o léxico metafísico a elas associado.
(B) a proliferação de práticas filosóficas que se distinguem antes de mais nada pela preocupação com a forma, com o estilo, mas que herdam procedimentos metodológicos estabelecidos na modernidade.
(C) a desvalorização das concepções de diferença tanto de Hegel quanto de Saussure, nas quais ainda são vistos resquícios de uma lógica identitária, substituindo-as pela noção de diferença de Heidegger.
(D) a deslegitimação dos métodos de análise sincrônicos consolidados pelo pós-estruturalismo, revalorizando os métodos que privilegiam a teleologia histórica, a crítica genética e o desconstrutivismo.
(E) a desconstrução do sujeito transcendental fenomenológico através da retomada da interpretação do cogito cartesiano proposta pelo existencialismo de Sartre e Levinas.

44
O helenismo é um período da história da filosofia que se caracteriza pela
(A) exclusividade que dá à dimensão prática da filosofia, em contraposição à dimensão investigativa das filosofias platônica e aristotélica.
(B) importância que confere à lógica, à ética e à estética, como investigações necessárias para se alcançar a satisfação individual ou felicidade.
(C) centralidade que atribui à ética, em meio a significativas teorizações sobre a natureza, em um momento de crescente desagregação da pólis grega.
(D) valorização do indivíduo e sua ação, em detrimento da investigação lógica, fundamental em uma perspectiva como a de Aristóteles.
(E) predominância de sistemas metafísicos voltados para a busca do bem comum, em oposição às perspectivas epistemológicas de Platão e Aristóteles.

45
Com relação aos períodos da história da filosofia, pode-se afirmar que
(A) o confronto irreconciliável entre fé e razão é uma característica central da Idade Média.
(B) o sincretismo de platonismo, cristianismo e magia é uma característica central do Renascimento.
(C) o racionalismo e a construção de sistemas metafísicos são características centrais do Iluminismo.
(D) a revolução científica e a influência do ateísmo são características centrais da Idade Moderna.
(E) a retomada do interesse por questões metafísicas é uma característica central da época contemporânea.

46
Para alguns pré-socráticos o ser é considerado infinito, sendo que
(A) Anaximandro e Anaxímenes concebem o ser como infinito apenas no espaço, mas não no tempo.
(B) Parmênides e Melissos concebem o ser como infinito apenas no tempo, mas não no espaço.
(C) Anaxímenes e Anaxágoras concebem o ser como infinito apenas no tempo, e não no espaço.
(D) Anaxágoras e Parmênides concebem o ser como infinito tanto no espaço como no tempo.
(E) Melissos e Anaximandro concebem o ser como infinito tanto no espaço como no tempo.

47
Em suas considerações sobre a physis, Demócrito e Leucipo propõem uma cosmologia com características muito diferentes das cosmologias dos primeiros pré-socráticos porque afirmam que
(A) cada tipo de matéria provém de uma mistura originária de qualidades que a diferencia das outras matérias e mesmo em sua menor partícula é encontrada a mesma mistura originária, nunca qualidades separadas.
(B) no movimento dos seres não há acaso e nem a intervenção de uma força inteligente externa a eles, mas sim a atuação constante de um princípio físico que rege o encontro e o desencontro de todos os átomos, o clinâmen.
(C) o ser é pleno, contínuo, eterno e uno, como queriam os eleatas, com a diferença, porém, de que é composto de unidades discretas, o que implica a negação do vazio, pois até o que parece vazio está repleto de átomos.
(D) a multiplicidade e a variação qualitativa das coisas é atribuída ao acréscimo ou decréscimo de um dos quatro elementos naturais, unidos ou separados pelas forças de atração e repulsão.
(E) a multiplicidade e as variações qualitativas dos seres não mais são atribuídas às diferenças de qualidades originárias e sim às diferenças de forma, arranjo e posição dos átomos que os compõem.

48
Os paradoxos ou aporias de Zenão de Eléia tinham como objetivo:
(A) negar, com Parmênides, a percepção do movimento, da multiplicidade, do espaço e do tempo que nos oferecem os sentidos.
(B) superar a negação do movimento que se encontra no poema de Parmênides, demasiadamente esquemática e dogmática.
(C) defender as teses de Parmênides de maneira direta e irrefutável, com base na lógica e em intuições sensíveis.
(D) mostrar, por absurdo, que o pensamento é limitado e leva ao sem-sentido, como no caso das teses contraintuitivas de Parmênides.
(E) refutar os adversários de Parmênides, mostrando que premissas subjacentes à afirmação do movimento levam a contradições insuperáveis.

49
Para Anaxágoras, a força ordenadora do Kósmos é
(A) responsável pelo nascimento e destruição dos elementos.
(B) idêntica aos elementos, eterna, mutável e corpórea.
(C) inteligente, diáfana, sutil e invisível.
(D) dinâmica, mutável e misturada a todas as coisas.
(E) corpórea e captável diretamente pelos sentidos.

50
Na República idealizada por Platão a justiça pode ser alcançada quando
(A) na hierarquia das classes cada uma desempenhar apenas a função que lhe compete e de acordo com a virtude que lhe é própria.
(B) a classe governante, seja ela qual for, garantir e respeitar os direitos de isonomia e de isegoria para todos os cidadãos de todas as classes.
(C) a diferença entre as classes sociais for eliminada através da comunidade de bens, de mulheres e de ocupações.
(D) as virtudes da sabedoria, da coragem e da temperança estiverem de igual modo desenvolvidas em todas as classes sociais.
(E) as leis passarem a ser elaboradas pelo conjunto dos cidadãos, sem distinção de classe social ou gênero sexual.

51
Ao examinar o papel das artes miméticas em sua cidade ideal, Platão atribui à cama pintada pelo artista um estatuto ontológico
(A) igual ao da cama-idéia, pois o artista apenas transporta para o plano sensível a idéia de cama que já residia em sua alma.
(B) igual tanto à cama-idéia quanto à cama do carpinteiro, mas desde que a cama do pintor seja tão perfeita e bela quanto as outras duas.
(C) inferior ao da cama-idéia, mas igual à cama produzida pelo carpinteiro, pois tanto este quanto o pintor copiam a idéia única de cama.
(D) inferior ao da cama-idéia, mas superior à cama produzida pelo carpinteiro, pois a cama do artista é acrescida da idéia de beleza.
(E) inferior tanto à cama-idéia quanto à cama do carpinteiro, pois o pintor realiza uma cópia de uma cama que é, também ela, uma cópia.

52
Um fragmento de Heráclito que guarda uma relação evidente com a resposta de Sócrates para o enigma do oráculo de Delfos é:
(A) "Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio: suas águas não são nunca as mesmas e nós não somos nunca os mesmos".
(B) "Esse mundo, o mesmo e comum para todos, nenhum dos deuses e nenhum dos homens o fez...".
(C) "É necessário saber que a guerra é a comunidade; a justiça é discórdia; e tudo acontece conforme a discórdia e a necessidade".
(D) "O fato de aprender muitas coisas não instrui a inteligência: do contrário teria instruído Hesíodo e Pitágoras".
(E) "O que se opõe a si mesmo está em acordo consigo mesmo; harmonia e tensões contrárias, como as do arco e da lira".

53
Com relação à Filosofia Primeira ou Teologia, Aristóteles oferece
(A) quatro definições, referindo-se à investigação das causas e princípios primeiros e supremos; ao ser enquanto ser; à substância; e a Deus ou substância supra-sensível.
(B) quatro definições, referindo-se a Deus, substância supra-sensível; ao ser enquanto ser; às causas e princípios primeiros; à crítica à teoria das Formas de Platão.
(C) três definições, referindo-se à investigação de Deus ou à substância supra-sensível; ao ser enquanto ser; à substância, ao ato e à potência.
(D) três definições, referindo-se à investigação das causas e princípios últimos; ao ser enquanto ser; à substância, ao ato e à potência.
(E) uma única definição, que resume todas as outras e que diz respeito ao ser enquanto ser e seu significado único.

54
Na ética epicurista os prazeres da vida política são considerados como
(A) naturais e necessários, porque ligados à conservação da vida humana.
(B) naturais mas não necessários, pois são um refinamento do instinto de conservação.
(C) não naturais e não necessários, pois comprometem a ataraxía e a aponía.
(D) o coroamento da ataraxía e da aponía, pois só a vida pública lhes confere sentido.
(E) os únicos admissíveis, pois criam condições materiais que favorecem a ataraxía.

55
Para os estóicos, as ações convenientes são
(A) aquelas que, em tudo e por tudo, são cumpridas segundo o logos.
(B) aquelas que, embora não sendo prejudiciais, não são conformes à natureza.
(C) as mais elevadas e desejáveis ações morais, próprias do homem sábio.
(D) as que são feitas tendo em vista apenas a vantagem de seu autor.
(E) intermediárias entre as ações perfeitas e as viciosas, ou seja, deveres.

56
Um princípio central da doutrina epicurista é a
(A) necessidade de superar a constante ameaça da morte através da busca pelo prazer e por uma vida simples, em companhia dos amigos.
(B) inexistência da liberdade e conseqüente exortação à busca pelo prazer, uma vez que a vida é mero resultado do movimento aleatório dos átomos.
(C) negação da existência dos deuses como condição para a investigação da natureza, base de todo conhecimento e da busca da felicidade.
(D) relação intrínseca entre a lúcida compreensão dos fenômenos naturais e a procura de uma felicidade terrena, a ser compartilhada entre mestre e discípulos.
(E) afirmação da equivalência de todos os desejos, efeitos do movimento aleatório dos átomos, o que anula a imputabilidade moral dos atos humanos.

57
Assinale a opção que apresenta a objeção feita por Sto. Tomás ao argumento teológico de Santo Anselmo.
(A) Entre aqueles que admitem a existência de Deus, nem todos sabem que ele seja "aquele do qual nada de maior se pode pensar". Mesmo admitindo isso, quando se concebe o que se encerra sob o nome de Deus, daí não se deriva que ele exista, a não ser no intelecto. A existência real, ao contrário, é demonstrada perfeitamente por meio dos efeitos, isto é, a posteriori.
(B) A suma perfeição jamais poderia ser intuída pelo intelecto humano, na medida em que, sendo este imperfeito, não poderia ter a idéia de algo perfeito e, portanto, não há meios de inferir a existência do ente supremo, nem a priori nem a posteriori. A existência de Deus, portanto, não admite provas metafísicas, constituindose apenas como questão de fé.
(C) A idéia de perfeição não inclui, necessariamente, o predicado da existência, pois tal idéia, bem como a idéia de Deus, é variável de povo para povo e de cultura para cultura, não se sustentando, portanto, como um critério universalmente válido e aceitável para provar a existência de Deus nem para o intelecto, nem na realidade.
(D) O estilo da argumentação, elaborado de forma complexa e tortuosa, apresenta um retrocesso em relação aos argumentos dos teólogos anteriores, na medida em que sua compreensão exige o conhecimento das regras fundamentais da lógica aristotélica. O verdadeiro propósito da teologia, que é esclarecer a fé através da razão, acaba, desta forma, desvirtuado.
(E) O argumento tem traços sofistas e é destinado à mera persuasão. Ao mesmo tempo, reforça o dogmatismo de certas posições da Igreja, pois postula a idéia de separação inconciliável entre o que é da ordem da fé e o que é da ordem da razão, através da tentativa de demonstrar a falibilidade da lógica e da impossibilidade de tratar as questões divinas pela via metafísica.

58
Ao abordar o problema da linguagem no De Magistro, Santo Agostinho indaga-se sobre a relação entre palavra e aprendizado. Sua posição a esse respeito
(A) aproxima-se da concepção platônica, pois retoma a doutrina da anamnese, reinterpretada, porém, à luz da teoria estóica da Heimarméne.
(B) rejeita a doutrina platônica da intuição intelectual das idéias pela via dialética, mas admite, sem ressalvas, a teoria da anamnese.
(C) alinha-se com a concepção inatista de Platão, transformando, porém, a doutrina platônica da anamnese na teoria da interioridade e da iluminação.
(D) propõe uma via inédita, pois sua teoria da iluminação é elaborada sem tomar por base nenhuma das concepções tradicionais da antiguidade.
(E) ignora todas as concepções pagãs do mundo antigo, articulando elementos retirados apenas dos ensinamentos de São Paulo e do Evangelho de São João.

59
A posição de Guilherme de Ockam quanto à célebre questão dos universais consiste em afirmar que
(A) há verdades necessárias e universais, mas tais realidades apenas podem ser captadas pelo conhecimento intuitivo e não são exprimíveis por sinais instituídos.
(B) só as substâncias das coisas nos são cognoscíveis e são universais, ao contrário das suas qualidades, pois estas são sempre singulares e de origem subjetiva.
(C) os universais têm existência autônoma, de modo análogo às idéias platônicas: são independentes tanto das coisas concretas quanto de nossos conceitos.
(D) os universais existem nos indivíduos, não como algo de realmente distinto destes, mas apenas formalmente distinto, como na concepção aristotélico-tomista.
(E) os universais não são reais, são apenas sinais abreviativos para indicar a repetição de múltiplos conhecimentos semelhantes produzidos por objetos semelhantes.

60
Assinale a opção que apresenta as posições adotadas por Fílon, Tertuliano e Santo Agostinho, respectivamente, quanto à relação entre fé cristã e filosofia grega.
(A)é possível a fusão entre filosofia grega e teologia mosaica; há absoluta contradição entre fé e filosofia; é preciso crer para compreender.
(B)a teologia mosaica prova que alguns conhecimentos são acessíveis à razão natural, outros, só à fé; a fé solicita a razão e esta esclarece a fé; há total incompatibilidade entre ambas.
(C)a teologia mosaica é derivada da filosofia grega; ao atingir seus limites as questões da razão tornam-se artigos de fé; só a filosofia aristotélica é compatível com a fé.
(D)há um círculo hermenêutico entre ambas; apenas a filosofia neoplatônica é compatível com a fé cristã; a fé cristã é incompatível com a razão.
(E)a fé precisa libertar-se da herança pagã; há absoluta incompatibilidade e contradição entre ambas; há o risco de superação da teologia pela filosofia.

61
Ao abordar o problema do verdadeiro e do falso, em sua Quarta Meditação, Descartes conclui que o erro
(A) localiza-se apenas no entendimento, pois é devido à sua própria natureza que este é privado das idéias relativas a inúmeras coisas.
(B) ocorre quando a vontade, livre e mais ampla que o entendimento, é estendida também às coisas que não são conhecidas por aquele.
(C) provém de um abuso da extensão do entendimento, que se põe a julgar sobre a existência de idéias que são matérias da fé.
(D) é algo real, que depende da vontade de Deus, o qual muitas vezes, por bondade, nos protege de certas verdades através do engano.
(E) é a simples carência ou falta de uma faculdade que o homem, por ser imperfeito e inferior a Deus, não poderia mesmo ter recebido dele.

62
Para Locke, a extensão é uma idéia:
(A) complexa, de substância.
(B) complexa, de modo.
(C) complexa, de relação.
(D) simples, de reflexão.
(E) simples, de sensação.

63
A íntima relação de grande parte da filosofia moderna com os desenvolvimentos da ciência, em especial no que diz respeito ao método experimental, pode ser exemplarmente identificada com a
(A) importância da história em Hegel, a partir de suas críticas radicais ao ceticismo, de um lado, e à lógica aristotélica, de outro.
(B) influência das obras herméticas de Cornelio Agripa no desenvolvimento da teoria newtoniana sobre a matéria e o movimento.
(C) radicalização da teoria empirista das idéias, culminando na crítica humeana aos conceitos de identidade pessoal e de probabilidade.
(D) teoria dos "ídolos da tribo" de Bacon, sua defesa da razão instrumental e sua glorificação da técnica.
(E) teoria do cogito de Descartes, desenvolvida a partir de hipóteses empíricas acerca da glândula pineal e das qualidades primárias e secundárias.

64
Para Hobbes, o "corpo social", principal objeto de estudo da filosofia política, é
(A) o conjunto dos indivíduos que, ao ceder o poder a uma instância soberana, é desafiado a instituir mecanismos de controle e legitimação deste poder.
(B) a reunião de indivíduos visando exclusivamente à preservação da própria vida e à garantia do direito natural e inalienável à propriedade.
(C) a multidão que, cedendo o poder ao Estado soberano, a ele se opõe, mantendo-se contudo obediente, salvo em caso de ameaça à própria vida.
(D) um refém do estado soberano que chega a devorar seus filhos, tal como o monstro bíblico Leviatã, apenas para demonstrar sua força e manter seu domínio.
(E) uma unidade de indivíduos movidos por paixões e agindo como máquinas, concebida com base no modelo mecanicista da física da época.

65
Para a maioria das teorias contratualistas do direito e da ordem social, um princípio fundamental seria o da alienação da liberdade dos súditos em nome de um poder soberano. Uma crítica radical a este princípio é o ponto de partida da Teoria de
(A) Pufendorf.
(B) Rousseau.
(C) Bodin.
(D) Hobbes.
(E) Grotius.

66
Na Genealogia da Moral, Nietzsche investiga o ideal ascético e conclui que
(A) o ateísmo incondicional é o seu único opositor verdadeiro.
(B) o ateísmo incondicional é uma de suas formas mais desenvolvidas.
(C) a ciência moderna é seu único opositor verdadeiro.
(D) a arte e o ateísmo incondicional são seus verdadeiros antagonistas.
(E) a arte e a ciência moderna são seus verdadeiros opositores.

67
Para Kant, a proposição de que toda mudança tem que ter uma causa é
(A) um juízo sintético e a priori.
(B) um juízo analítico, puro e a priori.
(C) uma regra e não propriamente um juízo.
(D) uma proposição analítica, mas a posteriori.
(E) uma antinomia da razão pura.

68
Na Crítica da Razão Pura, Kant assevera que uma das utilidades de seu empreendimento crítico consiste em
(A) anular qualquer pretensão de se admitir um uso puro prático da razão, na medida em que limita a meros fenômenos tudo aquilo que podemos pensar.
(B) abrir um espaço para o uso prático da razão, ao operar a transformação das idéias transcendentais regulativas em formas a priori da intuição.
(C) limitar o uso teórico da razão aos fenômenos, ao demonstrar que a intuição e os conceitos relativos àqueles se regulam pela natureza dos objetos.
(D) admitir o uso prático da razão, ao distinguir entre aquilo que podemos conhecer teoricamente e aquilo que podemos apenas pensar.
(E) demolir o dogmatismo, que postula a necessidade de uma ciência que determine, a priori, a possibilidade, os princípios e o âmbito de todos os conhecimentos.

69
A tese, defendida por Wittgenstein no Tractatus, segundo a qual "a filosofia tem por objetivo a elucidação lógica dos pensamentos" é representativa de um movimento filosófico que buscou
(A) demonstrar a natureza analítica e a priori de todo pensamento e, em especial, do conhecimento científico.
(B) reabilitar a fundamentação transcendental kantiana do conhecimento a partir da lógica.
(C) elucidar a estrutura lingüístico-formal da linguagem e sua relação com os dados empíricos.
(D) superar a tradição metafísica a partir da superação dos princípios da lógica aristotélica.
(E) mostrar que o conhecimento científico é apenas um dentre vários tipos de jogos de linguagem.

70
Em A Ideologia Alemã, Marx e Engels argumentam que as representações, o pensamento e o comércio intelectual dos homens, de modo mais imediato, são
(A) uma emanação direta do comportamento material dos homens.
(B) um processo constante de negociação entre o simbólico e o material.
(C) fantasias religiosas a serem historicamente superadas pela crítica filosófica.
(D) manifestação da dominação enquanto dimensão histórica primordial.
(E) expressão da mistificação dos conflitos e da exploração dos seres humanos.

71
Em sua reflexão sobre a tradição filosófica, Heidegger utiliza a expressão "esquecimento do ser" para referir-se ao extravio da metafísica ocidental, que consiste em pensar o ser em função do ente. Tal extravio tem seu início com
(A) os pré-socráticos, quando estes operam a transformação do sentido mítico da verdade, concebido como arkhé, em verdade concebida como alethéia.
(B) Platão, quando este identifica o ser com as idéias, operando a transmutação do sentido da verdade como alethéia em verdade concebida como orthótes.
(C) Nietzsche, quando este concebe o niilismo como eliminação da diferença entre mundo sensível e supra- sensível, iniciando a homogeneização dos entes.
(D) Descartes, quando este, através da certeza indubitável do cogito, privilegia o sujeito como o último fundamento de todos os outros entes.
(E) Aristóteles, quando este concebe a verdade como adequação do pensamento à realidade, do enunciado à coisa, operando a transmutação da alethéia em orthótes.

72
Ao apresentar a fenomenologia, Danilo Marcondes afirma, em seu livro Iniciação à História da Filosofia, que Husserl "...considera sua tarefa basicamente como descritiva dos elementos mais básicos de nossa experiência". Husserl via a filosofia como uma "ciência rigorosa" e atribuía à teoria do conhecimento um lugar central em seu pensamento. Esta proposta se realiza através de uma
(A) volta à perspectiva epistemológica da modernidade, de fundamentação ou legitimação do conhecimento científico e intersubjetivo.
(B) teoria que analisa a atitude natural ou espontânea em que se constituem nossas crenças, fundamentando-a de modo rigoroso.
(C) tentativa de chegar ao "dado" da consciência, isto é, às coisas em si mesmas, a partir da suspensão de nossas crenças habituais.
(D) superação da crise da filosofia da consciência através da crítica radical ao psicologismo e à sociologia reducionista do "mundo da vida".
(E) investigação lógica que elimina toda referência à consciência e à intencionalidade, analisadas criticamente pelo recurso à époche ou "suspensão".

73
Na literatura sobre ensino de filosofia, a idéia de "pensamento crítico" envolve, necessária e recorrentemente,
(A) a denúncia da semiformação promovida pela sociedade do espetáculo.
(B) a discussão sobre a própria presença da disciplina na escola.
(C) amplo conhecimento da história da filosofia e dos problemas filosóficos.
(D) relação com as experiências, demandas e interesses dos estudantes.
(E) elaboração conceitual, procedimentos argumentativos e problematização.

74
No que diz respeito às estratégias metodológicas no ensino de filosofia, a maioria dos autores que tratam do assunto considera necessário
(A) promover a inteligibilidade através do contato com a ordem das razões implícita na teoria escolhida pelo professor.
(B) promover a leitura de textos filosóficos como a principal estratégia para incentivar os estudantes a aprender filosofia de modo rigoroso.
(C) realizar debates em sala visando ao desenvolvimento de análise detalhada de teorias concorrentes.
(D) definir um conjunto de condições mínimas que possibilitem alcançar os objetivos do ensino de filosofia.
(E) valorizar a tradição filosófica e realizar o seu exame visando à relativização das diversas doutrinas.

75
Procurando fazer abstração das diversas e significativas diferenças na compreensão que se tem do que seja filosofia e do que deva ser o seu ensino, é possível afirmar que as questões sobre como ensinar essa disciplina em nível introdutório dificilmente podem ser tratadas apenas de uma perspectiva didática, pois
(A) como disse Kant, não é possível ensinar filosofia, mas apenas a filosofar, e essa é uma tarefa que cabe apenas ao filósofo, não ao pedagogo.
(B) todo e qualquer ensino de filosofia pressupõe a dúvida, a crítica e, sendo assim, também os métodos e conteúdos devem ser relativizados desde o início.
(C) a questão sobre o que é filosofia é, nesse nível de ensino, ao menos recorrente, e o modo de lidar com ela envolve, desde já, um posicionamento filosófico.
(D) ensinar filosofia é, por definição, ensinar a pensar por si mesmo, enquanto os métodos e técnicas de ensino já vêm prontos e acabados.
(E) não existe até hoje um trabalho consistente em didática filosófica, o que implica realizar um questionamento desde já propriamente filosófico.

76
Ao apresentarem e discutirem as competências específicas da filosofia, os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM) entendem que "debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição face a argumentos mais consistentes" é
(A) a única competência com a qual se articula o objetivo de interpretar/traduzir os conhecimentos essencialmente abstratos da filosofia, a partir de uma prática dialógica e da mediação, articulada ao exercício da contextualização.
(B) a competência a partir da qual melhor se poderia trabalhar a percepção e análise crítica do cenário de fragmentação cultural em que estamos imersos, tendo em vista os processos de autonomia das esferas da ciência, do direito e da arte.
(C) uma competência que não diz respeito apenas à filosofia, sendo relevante para a competência global de aprender a aprender, embora seja também qualificada como "síntese" das demais competências especificamente filosóficas.
(D) uma proposta indispensável, por mobilizar todas as competências, mas que deve ser trabalhada com cuidado para não incidir diretamente sobre o conteúdo programático, o que pode inviabilizar o planejamento do professor.
(E) parte essencial do ensino filosófico, mas que não deve dar a entender que se possa sempre determinar qual o argumento mais consistente, ou que este seria suficiente para levar alguém a mudar automaticamente sua posição.

77
De acordo com a seção dedicada aos ?Conhecimentos de Filosofia? dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM), o problema inicial para se pensar o ensino de filosofia no nível médio reside na clássica pergunta: "o que é filosofia?" Ao se deterem na questão da variedade de perspectivas da tradição filosófica, os PCNEM sugerem que o professor tenha em mente:
(A) o recurso à interdisciplinaridade como principal método de aproximação dos alunos ao universo dos filósofos e suas doutrinas.
(B) o desenvolvimento de habilidades específicas da filosofia, tais como leitura de textos filosóficos, análise e articulação de conceitos.
(C) a ênfase em teorias filosóficas que melhor se aproximem de problemas contemporâneos e que sejam familiares ao professor.
(D) a especificidade da atividade filosófica, que inclui sua pretensão de verdade e, sobretudo, sua natureza reflexiva.
(E) uma seleção de teorias representativas de cada período histórico visando a oferecer um panorama abrangente da história da disciplina.

78
No que se refere à defesa da leitura do texto filosófico como sendo essencial para o ensino de filosofia no nível médio, alguns dos autores que abordam o tema alegam que
(A) a proposta de ensino por competência exige que as disciplinas contribuam com suas habilidades específicas para a competência geral da leitura.
(B) a tese de Kant segundo a qual não é possível aprender filosofia, mas apenas a filosofar é insustentável.
(C) a defesa do debate como competência central para o ensino de filosofia em nível introdutório é um equívoco.
(D) a interação direta com o texto filosófico é um elemento necessário para a aproximação do aluno ao questionamento filosófico.
(E) apenas um suporte estritamente filosófico impede que a interdisciplinaridade se transforme em um conjunto de generalidades vazias.

79
Uma proposta que NÃO é listada pelos PCNEM como uma das competências e habilidades a serem desenvolvidas no ensino da filosofia é:
(A) "Ler textos filosóficos de modo significativo".
(B) "Traduzir conceitualmente concepções do senso comum".
(C) "Debater, defendendo uma posição argumentativamente".
(D) "Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo".
(E) "Contextualizar conhecimentos filosóficos em diversos planos".

80
Ao discutir a importância da interdisciplinaridade, a parte específica de filosofia dos PCNEM afirma que a filosofia, (A) por sua natureza intrinsecamente transdisciplinar, pode cooperar decisivamente para a articulação teórica e conceitual do currículo.
(B) por ser "mãe das ciências", deve funcionar como referência para as outras disciplinas, agrupando e dando sentido aos diversos saberes.
(C) em função de ser um conhecimento acessível a todos, tem a vantagem de poder ser trabalhada sem a presença disciplinar ou de um "especialista".
(D) pelo seu grau de generalidade, serve no máximo como animadora dos debates, não como tradução conceitual das outras disciplinas em suas especilidades.
(E) por não ser um saber especializado, deve ser um dos principais agentes na busca de uma necessária "visão de conjunto", integrando os elementos da cultura.

QUESTÕES DISSERTATIVAS
Questão 1
Recentemente o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas) publicou os resultados preliminares de uma pesquisa intitulada "Pesquisa Nacional Qualidade da Educação: a escola pública na opinião dos pais". Dentre os aspectos pesquisados estavam a qualidade das escolas, a atuação dos professores e o processo democrático. Em relação aos professores, por exemplo, os pais demonstraram tanto apreço e reconhecimento quanto reprovação e rejeição. Reconhecem seu esforço e formação, mas questionam regalias identificadas com o serviço público.
Pesquisas como estas apresentam as expectativas de um segmento da comunidade escolar de grande importância: os pais. Sabemos que é papel também do professor promover a integração entre a família e a escola.
a) Nesta perspectiva, explique o sentido do projeto pedagógico da escola como expressão das demandas sociais e das expectativas da comunidade escolar.
b) Indique dois mecanismos que podem ser usados como formas de estabelecimento de integração entre a família e a escola por meio da atuação profissional do professor.

Questão 2
Em O existencialismo é um humanismo, como Sartre relaciona angústia e ação?

Questão 3
No primeiro livro da Política, Aristóteles atribui um caráter natural ao Estado, o diferencia da esfera da família e justifica a escravidão, fazendo apelo ao domínio da alma sobre o corpo, assim como do intelecto sobre as paixões. Explique como se articulam esses elementos, em termos de uma caracterização expressiva da vida pública na pólis grega.

Questão 4
A causalidade, compreendida como um elo necessário entre efeito e causa, é um dos pressupostos fundamentais da tradição filosófica. Ao fazer a crítica desta concepção, em que termos Hume elabora a sua própria explicação para a origem da idéia de causalidade?

GABARITO
31 - D
32 - A
33 - B
34 - A
35 - D
36 - C
37 - E
38 - B
39 - B
40 - B
41 - E
42 - C
43 - A
44 - C
45 - B
46 - E
47 - E
48 - E
49 - C
50 - A
51 - E
52 - D
53 - A
54 - C
55 - E
56 - D
57 - A
58 - C
59 - E
60 - A
61 - B
62 - E
63 - D
64 - E
65 - B
66 - B
67 - A
68 - D
69 - C
70 - A
71 - B
72 - C
73 - E
74 - D
75 - C
76 - C
77 - D
78 - D
79 - B
80 - A

Um comentário:

Anônimo disse...

Qeria 6 questoes de vestibular sobre Filosofia Moderna-empirismo e iluminismo!!