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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - 2007 - Estado SP - VUNESP


Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - 2007 - Estado SP - VUNESP  
FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO PROFESSOR - FILOSOFIA

31. No romance Emílio, o princípio básico do programa educacional de Rousseau consiste
(A) na liberdade orientada pela razão.
(B) em abandonar-se à voz dos instintos.
(C) no desenvolvimento do senso estético.
(D) em cultivar a instrução livresca.
(E) no constrangimento físico e moral.

32. "O exemplo clássico de subjetividade é Dom Quixote. Da primeira vez que fez um elmo, ele experimentou sua capacidade de resistir a golpes, e viu que não prestava; na segunda vez, já não experimentou, mas "supôs" que se tratava de um bom elmo. Esse hábito de "admitir" coisas dominou-o por toda a vida. Qualquer recusa a reconhecer fatos desagradáveis tem a mesma origem. (...) Leva-nos a admitir que temos um bom elmo, quando, de fato, qualquer espada poderia abri-lo de alto a baixo. Nesse sentido, somos conduzidos à preguiça mental e, finalmente, ao desastre." (Bertrand Russell, Da Educação)
Do ponto de vista de Russell, semelhante hábito mental deve ser substituído por meio
(A) dos interesses da moral.
(B) da educação estética.
(C) da investigação lógica da linguagem.
(D) da atitude científica.
(E) do engajamento político.

33. Somente os soldados são cantores. Algum cantor não é fumante. Conclui-se, logicamente, que
(A) algum soldado é fumante.
(B) algum soldado não é fumante.
(C) algum fumante não é soldado.
(D) algum cantor é fumante.
(E) algum fumante não é cantor.

34. Assinale a alternativa em que o argumento indutivo estabelece sua conclusão de modo mais forte.
(A) Todos os passageiros desse trem carregam de 10 a 18 moedas. Carlos é passageiro desse trem. Logo, Carlos carrega de 14 a 16 moedas.
(B) Todos os passageiros desse trem carregam de 12 a 18 moedas. Carlos é passageiro desse trem. Logo, Carlos carrega de 13 a 15 moedas.
(C) Todos os passageiros desse trem carregam de 12 a 20 moedas. Carlos é passageiro desse trem. Logo, Carlos carrega de 12 a 15 moedas.
(D) Todos os passageiros desse trem carregam de 12 a 20 moedas. Carlos é passageiro desse trem. Logo, Carlos carrega de 13 a 15 moedas.
(E) Todos os passageiros desse trem carregam de 12 a 18 moedas. Carlos é passageiro desse trem. Logo, Carlos carrega de 12 a 16 moedas.

35. "Considere a crença de um homem, que foi hipnotizado, de que a crença nele induzida pelo hipnotizador, qualquer que seja ela, é falsa; e suponha que essa é a crença que o hipnotizador induziu." (R. Chisholm, Teoria do Conhecimento)
Logo, a crença em questão
(A) equivale a uma tautologia.
(B) está corroborada pelos fatos.
(C) envolve uma contradição lógica.
(D) é um juízo sintético a priori.
(E) tem probabilidade de 50%.

36. É logicamente necessário que p. Segue-se que
(A) é logicamente possível que não-p.
(B) não é logicamente possível que p.
(C) é logicamente necessário que não-p.
(D) não é logicamente necessário que p.
(E) não é logicamente possível que não-p.

37. Pensei que meu barco fosse maior do que ele é. Mediante uma análise lógica da linguagem, pode-se reconhecer que a sentença anterior envolve
(A) uma petição de princípio.
(B) uma ambigüidade estrutural.
(C) uma dupla negação.
(D) um imperativo hipotético.
(E) um experimento crucial.

38. "Dizer que aquilo que é não é, ou que aquilo que não é é, é falso, ao passo que dizer que aquilo que é é, ou que aquilo que não é não é, é verdadeiro." (Aristóteles, Metafísica)
Observe as seguintes afirmações:
I. Verdade e falsidade são características de proposições.
II. Verdade e falsidade são características das coisas.
III. "Ser" e "não ser" são elementos componentes de proposições.
IV. "Ser" e "não ser" expressam a existência ou inexistência das coisas.
V. A verdade consiste na correspondência entre proposições e coisas.
Dentre as afirmações acima, as que expressam corretamente a concepção aristotélica de verdade e falsidade na passagem citada são apenas
(A) I, III e V.
(B) I, II e V.
(C) II, III e IV.
(D) III, IV e V.
(E) II, IV e V.

39. "Mas se mãos tivessem os bois, os cavalos e os leões e pudessem com as mãos desenhar e criar obras como os homens, os cavalos semelhantes aos cavalos, os bois semelhantes aos bois desenhariam as formas dos deuses e os corpos fariam tais quais eles próprios têm."
"Os egípcios dizem que os deuses têm nariz chato e são negros,os trácios, que eles têm olhos verdes e cabelos ruivos."(Xenófanes de Colofão, Fragmentos)
A intenção desse filósofo pré-socrático com essas afirmações é
(A) negar a existência de divindades.
(B) afirmar a existência de divindades animais.
(C) criticar uma concepção antropomórfica da divindade.
(D) estabelecer a tese de que não há conhecimento.
(E) afirmar a existência de uma única divindade.

40. "Se o sábio alguma vez der assentimento a algo, às vezes opinará; mas o sábio nunca tem opiniões; portanto, o sábio não dará assentimento a nada".(Cícero, Acadêmicos)
Esse argumento do cético acadêmico Arcesilau, dirigido contra o estóico Zenão e sua definição de sábio, pressupõe algumas teses. Observe agora as afirmações a seguir:
I. Há uma distinção entre conhecimento e opinião na definição de sábio.
II. É possível ao sábio distinguir o verdadeiro do falso.
III. O sábio vive imune às paixões.
IV. Não é possível ao sábio distinguir o verdadeiro do falso.
V. Onde há opinião, não há sabedoria.
Dentre as afirmações acima, estão pressupostas no argumento apenas
(A) I, II e III.
(B) II, III e IV.
(C) III, IV e V.
(D) I, IV e V.
(E) I, II e V.

41. "Tornamo-nos construtores ao construirmos e nos tornamos citaristas ao tocarmos cítara. Assim também, executando ações justas nos tornamos justos; e, executando ações moderadas,nos tornamos moderados." (Aristóteles, Ética a Nicômaco)
Assinale a afirmação que expressa corretamente a definição de virtude contida na passagem acima.
(A) A virtude é produto do hábito.
(B) A virtude é uma técnica.
(C) A virtude é conhecimento.
(D) A virtude é o meio-termo entre dois vícios.
(E) Não há diferença entre virtude e vício.

42. "Na tua opinião, será que pode existir alguém mais feliz do que aquele que tem um juízo reverente acerca dos deuses, que se comporta de modo continuamente destemido a respeito da morte, que bem compreende a finalidade da natureza, que discerne que o máximo bem está nas coisas simples e fáceis de obter, e que o máximo mal ou dura pouco ou nos causa sofrimentos breves?" (Epicuro, Carta a Meneceu)
Das afirmações que seguem, assinale aquela que, segundo a doutrina epicurista, está em conflito com as teses defendidas por Epicuro no trecho transcrito.
(A) A felicidade consiste na saúde corporal e na tranqüilidade da alma.
(B) Bem e mal residem nas sensações e a morte é a privação das sensações.
(C) Felizes e imortais, os deuses punem os maus e recompensam os bons.
(D) O adequado conhecimento dos desejos permite evitar os que são inúteis.
(E) A conduta sábia busca o prazer e evita a dor.

43. "Foi Zenão o primeiro a dizer, no seu tratado Sobre a natureza do homem, que a felicidade é viver em concordância com a natureza, o que significa viver conforme à virtude; pois a natureza nos conduz a ela." (Diógenes Laércio, Vidas dos Filósofos VII)
Essa é uma das principais teses do estoicismo. Considere agora estas afirmações:
I. O mundo é um ser vivo, racional, animado e inteligente.
II. As naturezas dos homens são partes da natureza do todo.
III. Deus é causa do movimento do mundo.
IV. Corpo e alma se relacionam de modo incognoscível ao homem.
V. A alma humana é um fragmento da alma do Mundo.
Dentre as afirmações acima, fornecem fundamentação metafísica para a citada tese de Zenão apenas
(A) I, III e V.
(B) II, III e IV.
(C) II, IV e V.
(D) I, II e V.
(E) I, II e IV.

44. "É evidente que não é ofício do poeta narrar o que aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade... Por isso a poesia é algo de mais filosófico e mais sério do que a história, pois refere aquela principalmente o universal, e esta o particular. Por "referir-se ao universal" entendo eu atribuir a um indivíduo de determinada natureza pensamentos e ações que, por liame de necessidade e verossimilhança, convêm a tal natureza." (Aristóteles, Poética)
Assinale o conceito aristotélico que fundamenta essas características da poesia.
(A) Reprodução.
(B) Verificação.
(C) Versificação.
(D) Argumentação.
(E) Imitação.

45. "Dizemos que a finalidade do cético é a tranqüilidade nas matérias de opinião...Pois, tendo começado a filosofar para julgar as representações e apreender quais são verdadeiras e quais são falsas, de modo a obter a tranqüilidade, deparou com uma discordância de igual força; e, não podendo decidi-la, suspendeu seu juízo sobre ela. Estando em suspensão de juízo, ocorreu-lhe casualmente a tranqüilidade nas matérias de opinião." (Sexto Empírico, Hipotiposes Pirrônicas)
Em virtude dessa descoberta do cético pirrônico, assinale qual deverá ser seu procedimento para manter-se no estado de tranqüilidade.
(A) Afirmar que as coisas são como aparecem.
(B) Negar que as coisas são como aparecem.
(C) Opor a todo argumento um argumento igual.
(D) Manter-se em absoluto silêncio e completamente inativo.
(E) Recusar-se a reconhecer os dados sensíveis.

46. "Deixaríamos que aos dois, ao justo e ao injusto, fosse permitido fazer o que quisessem; depois iríamos atrás deles observando para onde a paixão conduziria cada um. Em flagrante apanharíamos o homem justo a buscar o mesmo alvo que o injusto, por causa da ambição de possuir sempre mais, ambição que toda natureza busca como um bem e da qual, à força, a lei a desvia para levá-la ao respeito da eqüidade." (Platão, A República)
Assinale a afirmação que está em conflito com os comentários acima.
(A) Não há diferença natural entre o justo e o injusto.
(B) Existe um bem natural.
(C) Ninguém é naturalmente justo.
(D) Natureza e lei se complementam.
(E) A lei reprime as paixões.

47. "Por onde conheces aquela unidade segundo a qual julgas os corpos? Pois se não a visses, não poderias julgar que estes não a alcançam perfeitamente; e se a visses com olhos corporais,não dirias com razão que eles distam muito da unidade, embora contenham algum vestígio dela? Pois com olhos corporais só vês coisas corporais. Donde se segue que é com a mente que a vemos. Mas onde a vemos? Se ela se encontrasse ali onde está o nosso corpo, seria inacessível ao que, no Oriente, formula juízos idênticos sobre os corpos. Portanto ela não está restrita a nenhum lugar particular; e, visto estar presente a quem quer que julgue de acordo com ela, segue-se que não está em parte alguma do espaço, e que não há lugar algum em que ela se não se encontre com sua eficácia." (Santo Agostinho, Da Verdadeira Religião)
Assinale a afirmação que expressa o conteúdo do texto.
(A) O conhecimento da unidade nos corpos é obtido pela observação dos mesmos.
(B) A unidade dos corpos é um elemento intelectual do conhecimento que somente pode estar presente no espírito.
(C) A unidade dos corpos é conhecida ao examinarmos como eles se situam em termos de espaço e tempo.
(D) Não há unidade dos corpos, mas apenas pluralidade e diversidade.
(E) A unidade dos corpos depende do ponto de vista que assumimos em relação a eles.

48. "Assim, pois, como há muitos homens de gosto pervertido, que preferem o verso à própria arte da versificação, por anteporem o ouvido à inteligência: assim, muitos homens amam as coisas temporais, isto é, históricas, mas ignoram a Divina Providência que origina e dirige os tempos, e por causa de seu apego temporal, não querem que passe aquilo que amam. Sua insensatez é comparável à daquele que, ao ouvir recitar um poema famoso, desejasse ouvir sempre uma só e mesma sílaba." (Santo Agostinho, Da Verdadeira Religião)
A afirmação que expressa o conteúdo do texto é:
(A) Na hierarquia proposta por Santo Agostinho, o intelecto é superior aos sentidos e essa superioridade deve servir de critério para julgarmos as coisas e os acontecimentos.
(B) A sucessão temporal das coisas particulares é o que deve sobretudo reter nossa atenção quando desejamos conhecer a verdade.
(C) Como cada coisa possui a sua particularidade no espaço e no tempo, devemos conhecer as coisas de modo separado da totalidade.
(D) O objeto do amor humano deve ser buscado na diversidade das coisas temporais.
(E) Não existe qualquer critério superior às coisas singulares a partir do qual possamos avaliá-las.

49. Assinale, dentre as afirmações a seguir, aquela que expressa a concepção de causalidade em Tomás de Aquino.
(A) Tudo ocorre por intermédio de causas naturais e de acordo com o encadeamento físico das causas e efeitos, por meio do qual podemos conhecer os modos pelos quais se constituem os eventos, sem recorrer a qualquer causa extranatural.
(B) Deus, como criador do universo, é a única causa atuante, qualquer que seja o gênero de eventos ou relações, de modo que o conhecimento de qualquer efeito no mundo supõe que o relacionemos diretamente com Deus como causa primeira e única.
(C) Nosso conhecimento, devido às suas limitações, não alcança qualquer relação de causalidade e assim nada podemos saber acerca de como se determinam os eventos do mundo.
(D) As causas são entidades ideais que só existem na mente.
(E) Deus é a causa primeira de tudo que existe, o que não impede que exista um sistema de causalidade segunda, a partir do qual podemos conhecer, de maneira relativamente autônoma, o sistema do mundo existente.

50. Assinale a afirmação que expressa a doutrina da alma em Tomás de Aquino.
(A) A alma é a forma do corpo, entendendo-se por isso uma funcionalidade biopsíquica que não sobrevive ao corpo.
(B) A alma é forma substancial do corpo, portanto sua essência,e essa diferença autoriza a afirmar a imortalidade da alma.
(C) Alma e corpo são completamente distintos a ponto de não podermos compreender como estariam unidos na condição atual do homem.
(D) O que chamamos de alma é apenas a função intelectiva da matéria.
(E) A alma é imanente ao corpo no sentido de uma forma que tão-somente organiza a matéria.

51. Assinale a alternativa que caracteriza corretamente a concepção de conhecimento em Tomás de Aquino.
(A) Conhecemos todas as coisas exclusivamente em Deus e por Deus.
(B) O conhecimento é exercido pela alma e, portanto, é exclusivamente intelectual ou conceitual.
(C) Devido à nossa condição sensível, estamos restritos unicamente ao conhecimento empírico.
(D) O processo de conhecimento inclui primeiramente a percepção sensível e depois a abstração intelectual.
(E) Qualquer conhecimento verdadeiro só pode ser fornecido pela fé.

52. O método científico, tal como caracterizado por Galileu, consiste basicamente em
(A) experiências sensatas e demonstrações necessárias.
(B) induções por enumeração e argumentos transcendentais.
(C) intuições evidentes e silogismos categóricos.
(D) amostragens aleatórias e inferências estatísticas.
(E) observações diretas e cálculo diferencial e integral.

53. Assinale a afirmação correta quanto ao conhecimento em Descartes.
(A) As percepções sensíveis são fundamento do conhecimento.
(B) O instrumento privilegiado do conhecimento é o silogismo.
(C) O preceito de clareza e distinção é a primeira regra do método de conhecimento.
(D) A união substancial é critério de objetividade.
(E) O paradigma de conhecimento é a lógica formal.

54. Na quarta parte do Discurso do Método, dentre as características da essência de Deus listadas, a mais genérica é a
(A) eternidade.
(B) onisciência.
(C) onipotência.
(D) perfeição.
(E) imutabilidade.

55. Nas Meditações, Descartes apresenta o exemplo do pedaço de cera, que sofre modificações ao aproximar-se do fogo. Uma das conclusões obtidas nessa análise de Descartes é que
(A) a quantidade de movimento na matéria nem sempre se conserva.
(B) todo corpo é uma substância pensante.
(C) a natureza da cera é conhecida apenas pelos sentidos exteriores.
(D) a concepção que se tem da cera realiza-se na faculdade da imaginação.
(E) só concebemos os corpos pelo entendimento.

56. Indique a conjunção de características que define o conhecimento em Leibniz.
(A) Realismo; atomismo; ceticismo.
(B) Inatismo; determinismo; finalismo.
(C) Contingência; empirismo; criticismo.
(D) Imaterialismo; ocasionalismo; convencionalismo.
(E) Dialética; materialismo; logicismo.

57. Assinale a definição correta de idéia segundo Locke.
(A) Idéia é sempre uma intuição intelectual.
(B) Idéia é uma representação metafísica da realidade.
(C) Idéia é conhecimento virtual presente no espírito.
(D) Idéia é tudo que se encontra na mente.
(E) Idéia é representação inata que possibilita o conhecimento.

58. "Sendo os homens, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade para viverem com segurança, conforto e paz umas com as outras, gozando garantidamente das propriedades que tiverem e desfrutando de maior proteção contra quem quer que não faça parte dela. Qualquer número de homens pode fazê-lo, porque não prejudica a liberdade dos demais; ficam como estavam na liberdade do estado de natureza." (John Locke, Segundo Tratado sobre o Governo Civil)
A alternativa que expressa as idéias expostas no texto é:
(A) A sociedade civil consiste na união de homens livres por natureza, para que todos em conjunto possam melhor desfrutar de suas propriedades.
(B) Somente quando unidos numa sociedade civil os homens podem desfrutar da liberdade.
(C) É o poder vigente na sociedade civil que institui a propriedade, razão pela qual deve prover os meios de sua preservação e proteção.
(D) Liberdade e propriedade não existem no estado de natureza, e essa seria a principal razão que levaria os homens a unir-se na sociedade civil.
(E) Os laços que unem os indivíduos na sociedade civil provêm de mecanismos de coerção, e não da livre concordância de todos.

59. "Constato que posso produzir idéias em minha mente à vontade, variá-las e mudá-las sempre que achar adequado. Basta querer e imediatamente esta ou aquela idéia surge em minha mente, e pelo mesmo poder são apagadas e dão lugar a outras. Por produzir e desfazer idéias a mente é com justeza considerada ativa...Mas, qualquer que seja o poder que tenha sobre meus próprios pensamentos, constato que as idéias realmente percebidas pelos sentidos não têm semelhante dependência de minha vontade. Quando abro meus olhos pela manhã, não está em meu poder escolher se verei ou não, ou determinar que objetos se apresentarão à minha visão; o mesmo vale para a audição e os outros sentidos. As idéias neles impressas não são produtos de minha vontade. Há, portanto, alguma outra Vontade ou Espírito que as produz." (George Berkeley, Princípios do Conhecimento Humano)
Considere estas afirmações:
I. Uma idéia não pode ser causa de outra idéia.
II. As idéias dos sentidos independem da vontade de quem as percebe.
III. Toda idéia deve ter uma causa.
IV. A mente pode ser ativa e passiva.
Considerando-se a doutrina de Berkeley, estão pressupostas nesse raciocínio, dentre as afirmações acima, apenas
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) III e IV.
(E) I e IV.

60. "Entendo pelo termo impressão, portanto, todas as nossas percepções mais vívidas, sempre que ouvimos, ou vemos, ou sentimos, ou amamos, ou odiamos, ou desejamos ou exercemos nossa vontade. E impressões são distintas das idéias, que são as percepções menos vívidas, das quais estamos conscientes quando refletimos sobre quaisquer umas das sensações ou atividades acima mencionadas." (David Hume, Investigação sobre o Entendimento Humano)
Assinale a afirmação que está em conflito com o texto supracitado.
(A) Toda impressão é percepção.
(B) Toda idéia é percepção.
(C) A diferença entre impressão e idéia é de grau.
(D) Toda percepção é impressão.
(E) Toda sensação é impressão.

61. "Se todo homem tivesse a sagacidade suficiente para perceber sempre o forte interesse que o liga à justiça e à equidade, bem como o vigor mental suficiente para aderir com firme perseverança a um interesse geral e distante, em oposição aos encantos e vantagens de prazeres momentâneos, nesse caso nunca teria existido tal coisa como o governo ou a sociedade política; mas cada homem, seguindo sua liberdade natural, viveria em completa paz e harmonia com todos os demais." (David Hume, Investigação sobre os Princípios da Moral)
Assinale a alternativa que expressa as idéias desse texto.
(A) Governo e sociedade civil são absolutamente necessários para que haja paz e harmonia entre os homens.
(B) Os homens podem, no estado atual de suas faculdades mentais, estabelecer naturalmente relações baseadas na paz e na harmonia.
(C) Os homens necessitam de governo e sociedade política porque não são suficientemente inteligentes para perceberem por si mesmos a utilidade da justiça, da eqüidade, da paz e da harmonia como o interesse de cada um e de todos.
(D) O homem, por natureza, jamais poderia exercer a sua liberdade e ao mesmo tempo viver em paz e harmonia com os demais.
(E) E) Os homens são suficientemente sagazes para fazerem conciliar sempre a liberdade individual e o interesse geral.

62. "Mas, ainda que a razão seja suficiente, quando plenamente assistida e aperfeiçoada, para instruir-nos acerca das tendências úteis ou perniciosas das qualidades ou ações, somente ela não é suficiente para produzir aprovação ou censura moral. A utilidade é apenas uma tendência para um certo fim, e se o fim nos fosse completamente indiferente, seríamos igualmente indiferentes aos meios. Para que se escolham as tendências úteis e não as perniciosas é indispensável que se manifeste o sentimento. Esse sentimento é sempre o enaltecimento da felicidade da humanidade e a indignação frente ao seu sofrimento, pois são esses os diferentes fins que a virtude e o vício tendem a promover." (David Hume, Investigação sobre os Princípios da Moral)
Assinale alternativa que expressa as idéias do texto acima.
(A) A razão é plenamente suficiente para as avaliações morais e para a escolha da ação mais adequada à realização dos fins.
(B) Quando se trata de escolhas morais, o sentimento é ao mesmo tempo o único critério de opção e o único instrumento de ação.
(C) A razão e o sentimento se opõem um ao outro de modo absoluto e assim não podem estar ambos presentes na vida moral.
(D) A virtude promove o bem e o vício conduz ao mal, independente da interferência da razão e do sentimento.
(E) A razão nos informa acerca da utilidade das ações e o sentimento aprova ou desaprova essas ações na medida em que se mostrem conformes à realização da felicidade.

63. No contexto geral da filosofia crítica de Kant, a imortalidade da alma é
(A) apenas um dogma da religião.
(B) um postulado da razão pura prática.
(C) uma especulação metafísica comprovadamente falsa.
(D) uma proposição teórica demonstrável pelo entendimento.
(E) uma hipótese experimental da psicologia.

64. O juízo de gosto, em Kant, tem como características:
(A) ser singular e ter universalidade subjetiva.
(B) ser interessado e ter universalidade objetiva.
(C) ter interesse prático e ser particular.
(D) ser desinteressado e ter universalidade objetiva.
(E) ser interessado e ser um juízo estético.

65. Com as perguntas O que posso saber? e O que devo fazer?
Kant caracteriza interesses da razão, que são, respectivamente:
(A) metafísico e teológico.
(B) antropológico e científico.
(C) teórico e prático.
(D) científico e religioso.
(E) estético e psicológico.

66. Segundo a Enciclopédia das Ciências Filosóficas, de Hegel, a arte
(A) é uma das figuras do espírito absoluto.
(B) é uma das figuras do espírito subjetivo.
(C) é uma das figuras do espírito objetivo.
(D) não é uma figura do espírito.
(E) é um mero dado da intuição.

67. Na visão positivista de Augusto Comte, o espírito humano
passa por três estágios em seu desenvolvimento. O estágio
mais avançado é o
(A) mitológico.
(B) científico.
(C) metafísico.
(D) teológico.
(E) fictício.

68. "Toda arte, toda filosofia, pode ser considerada como meio de cura e de auxílio a serviço da vida que cresce, que combate: pressupõe sempre sofrimento e sofredores. Mas há duas espécies de sofredores, primeiro os que sofrem de abundância de vida, que querem uma arte dionisíaca e, do mesmo modo, uma visão e compreensão trágicas da vida - e depois os que sofrem de empobrecimento de vida, que procuram por repouso, quietude, mar liso, redenção de si mesmo pela arte e pelo conhecimento, ou então a embriaguez, o espasmo, o ensurdecimento, o delírio". Essa passagem, extraída de A Gaia Ciência, de Nietzsche, evoca a relação do autor com o trágico e o dionisíaco. A mesma relação foi tratada em outro livro de Nietzsche, O Nascimento da Tragédia.
Assinale a alternativa que expõe corretamente algum aspecto dessa relação em algum dos livros.
(A) Em A Gaia Ciência, tal relação implica necessariamente assumir um pessimismo romântico.
(B) Em O Nascimento da Tragédia, tal relação é pensada exclusivamente a partir da metafísica de Schopenhauer.
(C) Em ambos os livros, tal relação mantém o mesmo vínculo com a noção de apolíneo.
(D) Em A Gaia Ciência, tal relação é pensada como teorização da música de Wagner.
(E) Em ambos os livros, tal relação funciona como critério para valores estéticos.

69. "Eis, portanto, a questão que se coloca e que tenho por essencial.Uma vez que todo ensaio de filosofia puramente conceitual suscita tentativas antagonistas e que, no terreno da dialética pura, não há sistema ao qual não se possa opor outro, permaneceremos nesse terreno ou não deveríamos, antes, (sem renunciar, é óbvio, ao exercício das faculdades de concepção e de raciocínio), retornar à percepção, conseguir que ela se dilate e se estenda?" (Henri Bérgson, O Pensamento e o Movente)
Assinale a alternativa que expressa as idéias do texto acima.
(A) Como a única forma possível de filosofar é um exercício puramente conceitual, haverá sempre uma disputa interminável entre diferentes sistemas montados a partir de diversas combinatórias de conceitos, todas formalmente coerentes.
(B) A única saída para os conflitos insolúveis que se dão entre as filosofias elaboradas segundo uma dialética pura é a renúncia ao exercício das faculdades de concepção e de raciocínio.
(C) É da própria natureza da filosofia que um sistema suscite o surgimento de outro que se lhe opõe.
(D) Como conceito e percepção se opõem, o único método possível para a filosofia passa exclusivamente pela elaboração conceitual.
(E) Se utilizarmos não apenas o formalismo conceitual, mas também a percepção, ampliada e dilatada, encontraremos um critério real para decidir entre as possibilidades de conhecimento e, assim, chegar à verdade.

70. Sobre a moral de nobres e moral de escravos, na Genealogia da Moral, de Nietzsche, pode-se dizer que, segundo o autor,
(A) a confluência de ambas se dá uma moral prescritiva.
(B) a moral de escravos é fruto do ressentimento.
(C) a moral dos nobres é uma redenção cristã.
(D) a moral dos nobres se constrói por oposição à moral dos escravos.
(E) a moral de escravos é ativa no seu fundamento.

71. Para Pierre Duhem, "o físico nunca pode submeter ao controle da experiência uma hipótese isolada, mas somente todo um conjunto de hipóteses; quando a experiência está em desacordo com as suas previsões, ela lhe ensina que pelo menos uma das hipóteses que constituem esse conjunto está errada e deve ser modificada, mas ela não lhe mostra aquela que deve ser modificada". Essa abordagem da confirmação empírica pode ser adequadamente caracterizada como
(A) dedutiva.
(B) narrativa.
(C) probabilista.
(D) reducionista.
(E) genealógica.

72. Em sua filosofia das ciências empíricas, Karl Popper sustenta que todas as proposições científicas são hipóteses refutáveis pela experiência. Desse ponto de vista, segue-se que
(A) o método científico é indutivo.
(B) as proposições científicas não são verdadeiras nem falsas.
(C) a certeza não é objetivo das ciências empíricas.
(D) as melhores teorias cientificas são apenas prováveis.
(E) as hipóteses científicas são simples convenções.

73. No livro Idéias para uma Fenomenologia Pura e para uma Filosofia Fenomenológica, de Husserl, podem ser distinguidas duas direções de investigação. Se uma delas pode ser chamada de orientação natural, a outra, em contrapartida, pode ser nomeada como orientação fenomenológica. Segundo o autor, podemos associar as duas orientações, respectivamente,
(A) à ciência e à teologia.
(B) ao objeto puro e simples e ao objeto intencional.
(C) à lógica formal e à metafísica.
(D) à crítica do conhecimento e à psicologia.
(E) às ciências naturais e ao dogmatismo.

74. Nas Investigações Filosóficas, Wittgenstein considera uma linguagem que se refere apenas às experiências privadas de um falante, que só este pode conhecer. Em sua análise, Wittgenstein conclui que essa linguagem privada
(A) pode ser traduzida em uma linguagem pública.
(B) é a primeira linguagem que aprendemos.
(C) é inteligível apenas ao próprio falante.
(D) não é uma linguagem possível.
(E) é a linguagem das leis do pensamento.

75. "O homem está condenado a ser livre." (Jean-Paul Sartre)
Assinale a alternativa que expressa a idéia dessa frase de Sartre.
(A) As ações humanas seguem um padrão de rigorosa necessidade.
(B) A liberdade humana é uma crença produzida pela imaginação.
(C) O homem é totalmente livre, e não pode deixar de sê-lo, porque não possui qualquer essência que o predetermine.
(D) O homem é livre em alguns de seus atos e determinado em outros.
(E) A natureza humana comporta um destino ao qual o homem não pode furtar-se.

76. "A metafísica não é uma construção de conceitos graças aos quais poderíamos tornar nossos paradoxos menos sensíveis - é a experiência que temos deles em todas as situações da história pessoal e coletiva e das ações que, ao assumi-los, os transformaram em razão. É uma interrogação que não comporta respostas que a anulem, mas somente ações resolutas que a transladam sempre para mais longe. Não é o conhecimento que viria a terminar o edifício dos conhecimentos; é o saber lúcido daquilo que os ameaça e a consciência aguda de seu preço." (Maurice Merleau-Ponty, O Metafísico no Homem)
Assinale a alternativa que expressa a concepção de metafísica formulada por Merleau-Ponty no texto.
(A) A metafísica é uma ciência exata.
(B) A metafísica é impossível como conhecimento objetivo.
(C) A metafísica é o coroamento de todo o sistema do saber.
(D) A metafísica é um método para solucionar questões que estão além das fronteiras da ciência.
(E) A metafísica é uma constante interrogação pela qual o homem enfrenta os paradoxos que estão envolvidos no conhecimento e na ação.

77. A metafísica pode ser entendida, segundo Heidegger, como
(A) a história do esquecimento do ser.
(B) o estudo das categorias aristotélicas.
(C) a análise da língua grega.
(D) o desenvolvimento da física.
(E) a história do desvelamento do ser.

78. "Na época das técnicas de reprodução, o que é atingido na obra de arte é a sua aura", escreve Benjamin, em A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica. Isso se dá, segundo o texto, porque a técnica de reprodução, entre outras coisas,
(A) deixa de captar todos os detalhes do objeto reproduzido.
(B) não respeita o material original da obra.
(C) promove um abalo da tradição, ao multiplicar as cópias do objeto ou evento.
(D) desvia-se das intenções do autor da obra.
(E) não universaliza suficientemente o objeto reproduzido.

79. "O mito converte-se em esclarecimento, e a natureza em mera objetividade. O preço que os homens pagam pelo aumento de seu poder é a alienação daquilo sobre que exercem o poder. O esclarecimento comporta-se com as coisas como o ditador se comporta com os homens. Este conhece-os na medida em que pode manipulá-los. O homem da ciência conhece as coisas na medida em que pode fazê-las."
"A essência do esclarecimento é a alternativa que torna inevitável a dominação. Os homens sempre tiveram de escolher entre submeter-se à natureza ou submeter a natureza ao eu. Com a difusão da economia mercantil burguesa, o horizonte sombrio do mito é aclarado pelo sol da razão calculadora, sob cujos raios gelados amadurece a sementeira da nova barbárie. Forçado pela dominação, o trabalho humano tendeu sempre a se afastar do mito, voltando a cair sob seu influxo, levado pela mesma dominação."(Adorno e Horkheimer, Dialética do Esclarecimento)
Considerando esses dois trechos da Dialética do Esclarecimento, assinale a alternativa que expressa as idéias aí apresentadas.
(A) O esclarecimento resulta da ciência contemporânea.
(B) A economia mercantil burguesa é imune ao mito.
(C) O esclarecimento elimina a alienação.
(D) A dominação também mitifica.
(E) O domínio sobre a natureza não é objetivo do esclarecimento.

80. "A luta de classes, que um historiador educado por Marx jamais perde de vista, é uma luta pelas coisas brutas e materiais, sem as quais não existem as refinadas e espirituais." Essa passagem é retirada da tese 4 de Sobre o Conceito da História, de Walter Benjamin. O tipo de historiador referido por Benjamin é
(A) um historiógrafo.
(B) um idealista transcendental.
(C) um historiador pluralista.
(D) um racionalista.
(E) um materialista histórico.


PROVA DISSERTATIVA

QUESTÃO 1
"A filosofia vai encontrar-se, pois, ao nascer, numa posição ambígua: em seus métodos, em sua inspiração, aparentar-se-á ao mesmo tempo às iniciações dos mistérios e às controvérsias da ágora; flutuará entre o espírito de segredo próprio das seitas e a publicidade do debate contraditório que caracteriza a atividade política." (Jean-Pierre Vernant, As Origens do Pensamento Grego)
Explique e comente a idéia central dessa passagem, com base nos seguintes tópicos:
a) o ideal de sabedoria mítico-religiosa que remete a uma verdade transcendente; e
b) a reflexão sobre critérios racionais relativos à vida individual e coletiva.

QUESTÃO 2
"A divindade me incita a ajudar os outros e conceber, porém impede que eu próprio conceba. Por isso mesmo não sou sábio, não havendo um só pensamento que eu possa apresentar como tendo sido invenção de minha alma e por ela dado à luz. Porém, os que tratam comigo, mesmo se no começo alguns parecem totalmente ignorantes, com a continuação de nossa convivência, aqueles favorecidos pela divindade progridem admiravelmente, tanto no seu próprio julgamento como no de estranhos. O que é fora de dúvida é que nunca aprenderam nada comigo: neles mesmos é que descobrem as coisas belas que põem no mundo, servindo, nisso tudo, eu e a divindade como parteiros." (Platão, Teeteto)
Temos aqui a afirmação da célebre maiêutica socrática. Nela podemos perceber certa concepção de ensino. Desenvolva esse tema, do ponto de vista da relação entre professor e aluno, enfocando os seguintes tópicos:
a) formação;
b) aquisição de conteúdos; e
c) capacidade criativa.

QUESTÃO 3
Nas Meditações, Descartes afirma ter sido criado por um Deus perfeito, benevolente e não enganador. Todavia, Descartes reconhece que está sujeito a uma infinidade de erros.
a) Como ele concilia essas duas afirmações aparentemente contraditórias?
b) O que deve fazer para evitar o erro e chegar ao conhecimento da verdade?

QUESTÃO 4
“O próprio Hegel confessa, no final de Filosofia da História, que ele ‘examina apenas o desenvolvimento do conceito’ e que ele expôs na história a ‘verdadeira teodicéia’ (p. 446). E agora podemos voltar aos produtores do ‘conceito’, aos teóricos, ideólogos e filósofos, para chegarmos à conclusão de que os filósofos, os pensadores como tais, dominaram na história por todo o tempo – isto é, chegarmos a uma conclusão que Hegel já havia expressado, como acabamos de ver”. “Ao contrário da filosofia alemã, que desce do céu para a terra, aqui é da terra que se sobe ao céu.” (Marx e Engels, A Ideologia Alemã)
A partir dessas duas passagens de A Ideologia Alemã, responda aos itens seguintes:
a) Em relação à concepção histórica aludida no primeiro trecho, qual é o novo modo de abordar a história do ponto de vista de Marx e Engels nesse livro?
b) A partir de sua resposta anterior, discorra sobre a relação da noção de ideologia com as bases históricas propostas pelos autores.
c) Em que medida uma ideologia corresponde à realidade? Em que medida ela é necessária?

Gabarito

31-A 32-D 33-B 34-E 35-C 36-E 37-B 38-A 39-C 40-D

41-A 42-C 43-D 44-E 45-C 46-D 47-B 48-A 49-E 50-B

51-D 52-A 53-C 54-D 55-E 56-B 57-D 58-A 59-B 60-D

61-C 62-E 63-B 64-A 65-C 66-A 67-B 68-E 69-E 70-B

71-A 72-C 73-B 74-D 75-C 76-E 77-A 78-C 79-D 80-E


2 comentários:

Francisca disse...

Gostei da avalação.

Denilson Paulo disse...

Gostei das questões, pois são ótimas. Se possível mande umas questões falando a respeito de engajamento político em Aristóteles, Marx e Sartre.