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domingo, 2 de janeiro de 2011

Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Governo do Estado do Ceará - CESPEUnB - 2009


Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Governo do Estado do Ceará - CESPEUnB - 2009  
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

21 - Segundo Platão, em sua obra A República, a cidade tem origem no (a)
A - fato de que os indivíduos não são autossuficientes.
B - própria natureza humana, que só se realiza na relação com os outros.
C - desenvolvimento das forças produtivas do trabalho humano e na ampliação natural de seu intercâmbio.
D - desenvolvimento do comércio.

22 - Segundo Platão,
A - a ideia, só acessível aos deuses, representa o bom, o belo, o justo e o verdadeiro em cada ente. Dela, os humanos têm apenas representações meramente sensíveis e mais ou menos distorcidas.
B - a ideia do bem, da beleza, da justiça e da verdade não pode ser representada.
C - o bom, o belo, o justo e o verdadeiro se contradizem sempre para o ser humano.
D - o bom, o belo, o justo e o verdadeiro em cada coisa não podem ser dissociados e representam sua ideia, que não é acessível à sensibilidade, apenas ao entendimento.

23 - A autoridade e a obediência não constituem coisas necessárias apenas, mas também coisas úteis. Alguns seres, quando nascem, estão destinados a obedecer; outros, a mandar (...). Uma obra existe quando há comando de uma parte e obediência da outra.
Aristóteles. A Política, livro 1, cap. 2 (com adaptações).
Tendo como referência o texto acima, assinale a opção que define a origem e a natureza da escravidão, segundo Aristóteles.
A - A diferença entre o homem livre e o escravo é definida apenas pela lei, não pela natureza.
B - A escravidão nasceu da guerra, em que os mais fortes escravizam os mais fracos.
C - O escravo existe como propriedade viva ou como instrumento inanimado de produção, conforme as leis da natureza.
D - A escravidão está em desacordo com a natureza e só existe enquanto a razão não governa a cidade.

24 - Em A Política, Aristóteles afirma que
A - o Estado está na ordem da natureza e antecede ao indivíduo.
B - o Estado é resultado de um processo histórico.
C - o Estado é sempre governado pela classe dominante.
D - o Estado está na ordem racional estabelecida pela natureza.

25 - A obra Cidade de Deus, de Santo Agostinho, tem como tema central
A - a constituição de uma filosofia da história com base na providência divina e em sua justificação teológica.
B - a afirmação das verdades reveladas e da teologia cristã como base da política mundana.
C - a retomada dos argumentos platônicos expostos em A República como base para a constituição da cidade de Deus.
D - a constituição dos princípios da cidade de Deus em conflito com a cidade terrena, ou a cidade do diabo.

26 - Em O Príncipe, Maquiavel afirma que
A - a fortuna governa todas as ações humanas.
B - Deus governa todas as ações humanas.
C - as coisas do mundo são governadas pela natureza ou por Deus.
D - a fortuna governa metade de nossas ações e nos deixa
governar a outra metade.

27 - Para Hobbes, o estado de natureza
A - é idêntico ao estado de guerra.
B - implica a liberdade para cada um fazer o que bem lhe aprouver.
C - faz homens livres e responsáveis pelas próprias ações.
D - é um estado de paz, de harmonia e de assistência mútua.

28 - Para Locke, a liberdade natural do homem
A - consiste em estar livre de qualquer poder superior na Terra, tendo somente a lei da natureza como regra para ordenar suas ações, sem precisar pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem.
B - é a liberdade para qualquer um fazer o que lhe apraz, viver como lhe convém, sem ser refreado por leis.
C - importa em ter regra permanente pela qual viva, comum a todos os membros de uma sociedade.
D - é o estado de guerra de todos contra todos.

29 -Para Rousseau,
A - a causa da desigualdade humana é puramente natural.
B - há dois tipos de desigualdade, uma natural ou física, e outra moral ou política.
C - a causa da desigualdade humana é puramente histórica.
D - as causas da desigualdade humana se originam do estabelecimento da propriedade privada.

30 - Em seu célebre opúsculo, Resposta à pergunta: O que é o esclarecimento?, Kant afirma que esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é o culpado. Para Kant, a menoridade provém do(a)
A - ignorância natural do ser humano.
B - incapacidade de o indivíduo fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo.
C - tutela que a religião exerce sobre o entendimento da maioria dos seres humanos.
D - mau uso que os indivíduos fazem de sua própria razão natural.

31 - Assinale a opção correspondente ao imperativo categórico de Kant.
A - Age de tal modo que a máxima de tua ação possa ser sempre erigida em princípio de uma legislação universal.
B - Age de tal modo que a tua ação atenda ao princípio da razão e da igualdade entre os homens.
C - Age de tal modo que tua ação respeite as regras estabelecidas pela comunidade em que tu vives.
D - Age de tal modo que a tua ação esteja de acordo com os mandamentos de Deus.

32 - Em Filosofia do Direito, Hegel afirma que a liberdade
A - consiste na identidade do interesse particular (da família e da sociedade civil) com o interesse geral (do Estado).
B - consiste no reconhecimento racional pelos indivíduos do que representa o interesse universal do Estado.
C - consiste na subordinação dos indivíduos ao poder da razão.
D - só é possível pela subordinação dos indivíduos ao poder do Estado.

33 - Para Hegel, em Filosofia da História,
A - a razão governa o mundo, mas a história universal não é um processo racional.
B - a razão governa a ação dos indivíduos, mas não governa sua história como história universal.
C - a razão governa o mundo, e a história universal é um processo racional.
D - a história não é um processo racional, ela se torna um processo racional apenas no Ocidente.

34 - Para Marx, as forças produtivas são
A - a terra e o trabalho humano.
B - a natureza, o trabalho humano e a técnica.
C - os meios de produção e a força de trabalho.
D - os meios de produção e as relações de produção.

35 - Para Marx, a medida do valor é determinada
A - pela lei da oferta e da procura.
B - pelo tempo de trabalho socialmente necessário para a produção de um valor de uso.
C - pelo desenvolvimento das forças produtivas.
D - pela relação entre o capital investido e a taxa de lucro aferida.

36 - Para Wittgenstein,
A - ética e política são uma e a mesma coisa.
B - ética e estética são uma e a mesma coisa.
C - a ética subsume a estética.
D - a estética subsume a ética.

37 - Para Deleuze, em Nietzsche e a Filosofia, o projeto mais geral de Nietzsche consiste em
A - fazer da filosofia uma teoria dos afetos.
B - demonstrar a irracionalidade da metafísica e da religião.
C - introduzir na filosofia os conceitos de sentido e de valor.
D - realizar a crítica global de toda a história e de toda a filosofia ocidental.

38 - Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), para a Filosofia, as competências e habilidades propostas são reunidas, sinteticamente, em
A - relação da Filosofia com outras disciplinas; história da Filosofia; conteúdos relevantes para o exercício da cidadania.
B - representação e comunicação; argumentação e interpretação; conteúdos relevantes para o exercício da cidadania.
C - habilidades e conhecimentos específicos orientados para o mundo do trabalho; conteúdos relevantes para o exercício da cidadania; contextualização histórica e sociocultural.
D - representação e comunicação; investigação e compreensão e contextualização sociocultural.

39 - Os PCN para a Filosofia consideram que o uso de manual e as aulas expositivas são
A - recomendados como principal método de ensino de Filosofia.
B - recursos que devem ser utilizados, embora acompanhados da utilização de métodos e temas que sejam mais próximos da realidade cotidiana dos educandos.
C - reconhecidos como métodos ainda preponderantes, mas que não são os mais adequados e devem ser superados.
D - métodos que não são preponderantes, mas que deveriam ser mais utilizados, ainda que acompanhados da utilização de métodos e temáticas mais acessíveis e mais próximas da realidade cotidiana dos educandos.

40 - Os PCN para o ensino de Filosofia no ensino médio recomendam
A - quatro horas-aula por semana, ministradas em pelo menos duas séries.
B - quatro horas-aula por semana, ministradas em pelo menos uma série.
C - duas horas-aula por semana, ministradas em pelo menos duas das séries.
D - duas horas-aula por semana, ministradas em todas as séries.

41 - Os pioneiros do pensamento ocidental anteriores a Sócrates, de um modo geral, observavam a natureza. À noite segue o dia. As estações do ano sucedem-se uma à outra. As plantas e os animais nascem, crescem e morrem. Diante desse espetáculo cotidiano da natureza, o homem manifesta sentimentos variados - medo, resignação, incompreensão e espanto. E são precisamente esses sentimentos que acabam por levá-lo à filosofia. O espanto inicial traduz-se em perguntas intrigantes: o que é essa natureza, que apresenta tantas variações? Ela possui uma ordem ou é um caos sem nexo?
Bernadete Abrão (Org.). História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 24 (com adaptações).
A partir do assunto abordado no texto acima e considerando o pensamento de filósofos pré-socráticos, assinale a opção correta.
A - Parmênides é o filósofo pré-socrático que do seu tempo destoava dos outros filósofos por sua abordagem da temática antropológica ao estudar o agir do homem e fundar, desse modo, a ética.
B - Pitágoras considerava tudo relativo na medida em que percebia o inter-relacionamento de todas as coisas.
C - Para Heráclito, o mundo era um eterno fluir, como um rio em que seria impossível banhar-se duas vezes na mesma água.
D - Para Anaxímenes, tudo se origina na água e toda a natureza teria como único princípio esse elemento natural.

42 - Texto I
Os seguidores desta corrente filosófica contemporâneos de Sócrates, e adversários de Platão e Aristóteles. Tinham interesse fundamental pela problemática ético-política, embora com visões distintas. Na democracia incipiente, ajudaram a tomar decisões nas assembleias nas praças. A força do governo monocrático, dos privilégios e da autoridade de origem divina tendia, então, a desaparecer.
Danilo Marcondes. Iniciação à História da Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997, p. 40 (com adaptações).
Texto II
Filósofos seguidores desta corrente filosófica acreditavam ser sabedoria o que, na realidade, era uma arte de seduzir e persuadir os espíritos. A vida intelectual assumia, para eles, a forma de uma competição esportiva. Era uma disputa de eloquência em que se tratava de triunfar publicamente sobre a tese adversária. O veredicto dos espectadores era o julgamento final.
Jacques Maritain. A Filosofia Moral. Rio de Janeiro: Agir, 1973, p.24 (com adaptações).
Os textos I e II tratam da corrente filosófica denominada
A - epicurismo.
B - esoterismo.
C - exoterismo.
D - sofística.

43 - O método filosófico de Sócrates consiste em
A - afastar-se do mundo, para meditar melhor a respeito das ideias, que são a realidade fundamental da natureza.
B - ver, em todos os seres, a união indissolúvel da matéria unida à forma, tomando a natureza e os seus reinos como objetos de estudos.
C - alegar a própria ignorância para, na interlocução com os que julgam saber mais, descobrir a verdade.
D - duvidar de toda a realidade para, então, a partir do próprio pensamento, construir um sistema de conhecimento que considere correto, tendo, por consequência, a convicção da própria existência.

44 - Nosso mundo é uma cópia imperfeita e transitória de outro mundo, transcendente, onde estão as ideias - formas incorpóreas, invisíveis, eternas e imutáveis. Nossos sentidos só captam a cópia. Ao original, só a Razão tem acesso. Nosso mundo é o da doxa, da mera opinião; para ver o que há por trás dele, precisamos da ciência, a episteme. Só assim podemos alcançar o fundamento supremo das coisas: a ideia do bem e a ideia do belo.
Eliel Cunha e Janice Florido (Org.). Grandes Filósofos. São Paulo: Nova Cultural, 2005, p. 20 (com adaptações).
Considerando as ideias apresentadas no texto acima bem como o pensamento platônico, assinale a opção correta.
A - O intelecto pode apreender as ideias, porque a alma não é de origem material nem corpórea.
B - A alma humana só contempla as ideias puras de todas as coisas depois de prender-se ao corpo.
C - Não existem ainda o belo em si, o bom em si e o grande em si, no desenvolvimento da filosofia platônica, no momento em que esta começa a adquirir autonomia e se distinguir do socratismo.
D - Para Platão, tanto a doxa, quanto a episteme são conhecimentos racionalmente fundamentados.

45 - A análise do funcionamento da linguagem - e do pensamento que a utiliza - deve ser anterior ao próprio conhecimento, pois este depende de certas regras bem precisas para não se equivocar. A essas regras Aristóteles deu o nome de órganon (instrumento). Essas regras constituem, em parte, o que modernamente é denominado lógica. Como instrumento, o órganon não é propriamente um conhecimento, mas sua condição básica e preliminar.
Bernadete Abrão (Org.). História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 63 (com adaptações).
À luz das regras lógicas do silogismo categórico, analise as seguintes premissas:
Algum ministro não é honesto
Ora, todo ministro é poderoso.
Assinale a opção que apresenta a conclusão que, juntamente com as premissas apresentadas, torna o argumento válido.
A - Logo, algum ministro é honesto.
B - Logo, todo honesto é poderoso.
C - Logo, algum poderoso não é honesto.
D - Logo, algum honesto não é poderoso.

46 - Se os nossos adversários que admitem a existência de uma natureza não criada por Deus quisessem refletir sobre estas considerações tão claras e certas, deixariam de proferir tantas blasfêmias, como a de atribuir ao sumo mal tantos bens, e a Deus, tantos males.
Santo Agostinho. A natureza do bem. Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2005, p. 15 (com adaptações).
A partir do assunto abordado no texto acima e considerando o pensamento agostiniano a esse respeito, assinale a opção incorreta.
A - É razoável e racional sustentar que os grandes bens provêm de um princípio, e os pequenos bens, de outro.
B - Se todas as coisas que Deus criou só podem ser boas, o pecado consiste em usar mal o bem.
C - Nenhuma natureza é má na condição de natureza. A natureza não é má senão enquanto diminui nela o bem.
D - Ao contrário dos maniqueus, Agostinho afirma que Deus é também criador do corpo.

47 - Tomás de Aquino valoriza a natureza, assim como Aristóteles, entendendo que o conhecimento racional provém inicialmente dos sentidos. Da sensação, o intelecto abstrai a individualidade das coisas, depurando-lhe a matéria. O resultado são as formas.
Os Pensadores. Ed. Abril Cultural, p. 118 , S. Paulo, 1975.
Com relação ao pensamento tomista, assinale a opção correta.
A - A primeira e mais importante via da prova da existência de Deus é a da causa eficiente.
B - A forma substancial é o conteúdo do qual uma coisa é feita.
C - A forma por excelência do mal é o pecado, que é um mal moral, pois é resultante da sua vontade livre.
D - A teoria hilemórfica aristotélica foi recusada pela teoria tomista por não se aplicar à teoria sacramental católica.

48 - Assim como antes de começar a reconstruir a casa onde se mora, não basta derrubá-la e prover-se de materiais e de arquitetos ..., pois é preciso também ter-se provido de uma outra na qual possamos ficar alojados com comodidade... formei para mim mesmo uma moral provisória.
René Descartes. Discurso do Método. Ed. Martins Claret, 3.ª parte, p. 35, 2002 (com adaptações).
Tendo como referência inicial o texto acima, assinale a opção que apresenta uma regra correta da moral provisória cartesiana.
A - Ser maleável e irresoluto tanto quanto possível nas minhas ações, a fim de evitar confrontos desnecessários.
B - Obedecer às leis e aos costumes do meu país, conservando a religião em que Deus me concedeu a graça de ser instruído desde a infância e orientando-me em tudo o mais pelas opiniões mais moderadas.
C - Procurar sempre vencer os opositores, conservando minha própria vontade para poder conquistar a felicidade pessoal e modificar a ordem do mundo.
D - Consultar a mente dos doutos, para seguir o pensamento de quem detém os mais elevados conhecimentos.

49 - A respeito de Francis Bacon e de suas ideias, assinale a opção correta.
A - Defendeu o método dedutivo como o mais indicado para a moderna ciência.
B - Foi um dos iniciadores do pensamento moderno, por sua defesa do método experimental em oposição ao conhecimento meramente teórico e escolástico.
C - Em sua teoria do pensamento acrítico, a tarefa da filosofia é vista como a liberação, pelo homem, de preconceitos e superstições.
D - De acordo com suas ideias, os ídolos consistem em realidades e evidências que estimulam a mente humana e propiciam o verdadeiro conhecimento.

50 - Considerando a doutrina hegeliana, assinale a opção correta.
A - Essa doutrina adota o método dialético para explicar a realidade.
B - Quanto ao aspecto político, os velhos hegelianos são os de esquerda, os jovens hegelianos são os de direita.
C - De acordo com essa doutrina, o que é irracional é real e o que é real é irracional.
D - O aristotelismo e o tomismo constituem o núcleo essencial dessa doutrina.

51 - Acerca do materialismo dialético, assinale a opção correta.
A - O materialismo dialético apresenta enfoque idêntico ao do materialismo histórico quanto à evolução concreta das oposições no decorrer da história.
B - Conforme essa teoria, o desenvolvimento da vida humana individual e social depende totalmente das condições materiais e econômicas.
C - Segundo o entendimento marxista desenvolvido a partir da teoria hegeliana, a expressão social da teoria dialética implica harmonia de classes.
D - De acordo com essa teoria, a vida econômica passa necessariamente por três momentos: tese, antítese e síntese.

52 - A respeito da fenomenologia moderna, assinale a opção correta.
A - A fenomenologia moderna é o método filosófico que visa apreender as essências absolutas de tudo quanto existe além dos seres empíricos e individuais.
B - A fenomenologia em apreço descreve pormenorizadamente tudo o que se apreende pelos sentidos, no intuito de proceder à coleta de elementos para a constituição da ciência física.
C - Com vistas ao embasamento das convicções teológicas, a fenomenologia moderna busca o entendimento dos principais fenômenos da física experimental como ciência.
D - A fenomenologia moderna consiste na valorização teleológica da evidência dada pela percepção física do mundo.

53 - Texto I
O pensamento cientificista contenta-se com a organização da experiência que se dá sobre a base de determinadas atuações sociais, mas o que estas significam para o todo social não se inclui nas categorias da teoria tradicional.
Texto II
A teoria tradicional não se ocupa da gênese social dos problemas, das situações reais nas quais a ciência é usada e dos escopos para os quais é usada.
Texto III
A teoria crítica ultrapassa o subjetivismo e o realismo da concepção positivista, expressão mais acabada da teoria tradicional. O subjetivismo, segundo Horkheimer, apresenta-se nitidamente quando os positivistas conferem preponderância explícita ao método, desprezando os dados em favor de uma estrutura anterior que os enquadraria.
Os Pensadores. São Paulo: Ed. Abril Cultural, 1975, Separata, p. 960 (com adaptações).
Os três fragmentos de texto acima refletem ideias
A - do Positivismo Comteano.
B - da Escola de Frankfurt.
C - da Fenomenologia Husserliana.
D - do Existencialismo Sartreano.

54 - A filosofia moral sistematiza, em correntes de pensamento, algumas das ideias a respeito dos princípios e do sentido da ação humana. Acerca desse assunto, assinale a opção correta.
A - Kant era favorável à elaboração de um manual prático que contivesse modelos concretos de ações.
B - A moral geral é aquela que cuida de aplicar princípios universais às diferentes formas da atividade humana.
C - Epicuro pode ser considerado o pai da ética, pois foi o primeiro a se dedicar ao estudo do agir humano.
D - Atualmente, a ética é entendida como a moral epistemologicamente organizada.

55 - Toda ciência precisa de princípios racionalmente aceitáveis para a elaboração de sua teoria. Um tipo de explicação científica aceitável é a nomológico-dedutiva, que consiste essencialmente em
A - estabelecer um percentual que indica a ocorrência do índice de possibilidade de um determinado evento, a partir da frequência dos eventos singulares favoráveis.
B - estruturar amplas generalizações que possuam a forma de leis, para delas concluir sobre novos fatos que decorrem dos anteriores necessariamente.
C - estabelecer um fator de ocorrência de eventos que podem ser expressos por uma fração, na qual o numerador representa o evento de sucesso, e o denominador, a totalidade da possibilidade dos eventos.
D - partir de fatos singulares para a formulação de amplas generalizações, que servirão para entender as regularidades da natureza.

56 - Com relação às ciências da natureza e às ciências humanas, assinale a opção correta.
A - A física moderna é considerada uma ciência humana típica.
B - As ciências humanas buscam encontrar regularidades no comportamento da pessoa inserida na história.
C - A investigação metódica é uma exclusividade das ciências humanas.
D - As ciências da natureza, na perspectiva epistemológica contemporânea, não podem destruir convicções anteriores.

57 - Para Karl Popper, o problema da demarcação consiste em "estabelecer um critério que habilite distinguir entre as ciências empíricas, de um lado, e a Matemática e a Lógica, bem como os sistemas "metafísicos, de outro.
Karl Popper. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 1975, p. 35.
Considerando o problema mencionado no fragmento de texto acima bem como a teoria epistemológica popperiana, assinale a opção correta.
A - A indução estabelece fronteiras claras entre o não científico e o científico.
B - A certeza científica fundamental é a psicológica.
C - A comparação lógica da conclusão das teorias e a investigação da forma lógica das teorias não pode servir como demonstração da correção dessas teorias.
D - A falseabilidade é critério de demarcação.

58 - No que se refere à teoria epistemológica de Gaston Bachelard, assinale a opção correta.
A - As rupturas epistemológicas constituem a igualdade de interpretação das conclusões de várias teorias científicas.
B - Os filósofos devem encontrar um só ponto de vista para julgar a ciência.
C - O cientista posiciona-se contra um conhecimento anterior, destruindo conhecimentos mal-feitos e elaborando outros mais adequados à realidade.
D - Essa teoria adota a filosofia do sim na medida em que recupera a autoridade epistemológica do conhecimento grego antigo.

59 - Paul Feyerabend epistemologicamente se opõe à posição autoritária e totalitária da ideologia científica. Com relação a esse assunto, esse autor
A - tem uma posição dogmática com relação à física.
B - defende o método cartesiano nas ciências humanas.
C - defende a teologia como uma ciência capaz de inspirar princípios para as ciências.
D - posiciona-se contra o método, por não concordar com a imposição de normas de fora da própria lógica da pesquisa.

60 - Kant, na introdução de sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes afirma: "Neste mundo e até também fora dele, nada é possível pensar que possa ser considerado como bom sem limitação a não ser uma só coisa: uma boa vontade."
Tendo em vista a ética Kantiana e o texto acima, pode-se
acertadamente dizer que
A - devemos agir de tal modo que o princípio da nossa ação se transforme em princípio particular da ação humana.
B - as regras morais esgotam-se nos dez mandamentos da lei mosaica.
C - devemos fazer o bem porque ele nos traz benefícios.
D - a utilidade ou inutilidade de alguma coisa em nada pode tirar o valor do bem.

GABARITO:
21A - 22D - 23C - 24A - 25D - 26D - 27A - 28A - 29B - 30B - 31A - 32A - 33C - 34B - 35B - 36B - 37C - 38D - 39C - 40C - 41C - 42D - 43C - 44A - 45C - 46A - 47C - 48B - 49B - 50A - 51D - 52A - 53B - 54D - 55B - 56B - 57D - 58C - 59D - 60D

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